Com mais de 75 mil pessoas impactadas, a 22ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Fiocruz segue como um dos principais eventos de popularização da ciência no Brasil. Ao longo de outubro, a temática Planeta água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território se desdobrou em cerca de 140 atividades, realizadas no Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia. O evento faz parte das comemorações pelos 125 anos da Fiocruz.

Houve debates de grande relevância para a sociedade. Ciência e tecnologia integraram diferentes saberes na defesa do meio ambiente e na promoção da saúde coletiva, difundindo conhecimentos que provocam reflexões e convocam mudanças de comportamento, principalmente na relação do homem com a natureza.
Durante a abertura oficial da SNCT na Fiocruz, no Rio de Janeiro, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação, Marly Cruz, evidenciou que um dos objetivos do evento foi “despertar o interesse para o conhecimento e para a ciência em pessoas de todas as idades, sendo uma oportunidade para combater a desinformação e o negacionismo e defender a democracia, compartilhando saberes que se refletem nos diferentes territórios”.
Ações na Região Norte
A Fiocruz Amazônia ofereceu atividades em duas cidades: Parintins e Manaus. Cerca de 1,8 mil alunos da rede pública de ensino participaram de rodas de conversas, oficinas, exposições, jogos e palestras no Campus Parintins do Instituto Federal do Amazonas. Entre as atrações, estavam a mostra Pesquisa participativa: integrações entre saberes amazônicos e a roda de conversa Educação ambiental, doenças de veiculação hídrica e importância da qualidade da água. Em Manaus as atividades ocorreram no Espaço da Cidadania Ambiental, no Manauara Shopping. 300 participantes conferiram a mostra de vídeo Ciência e Saúde na Amazônia (CiênciaPop e InovaPop: Fiocruz Amazônia) e outras quatro exposições sobre pesquisas desenvolvidas pela unidade que beneficiam a saúde da população local. Outro atrativo foi o jogo Tapetão dos ODS, que ajudou a difundir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Em Porto Velho, a SNCT se integrou ao evento Fiocruz pra Você, que ocorreu em 18 de outubro na Escola Cívico Militar de Ensino Fundamental e Médio Professor Daniel Neri da Silva. Os participantes receberam orientações práticas sobre os cuidados e o consumo da água potável, vacinação e saúde pública.
Atividades no Nordeste
Na Bahia, rodas de conversa evidenciaram a centralidade territorial. Em uma delas, o tema foi Crise climática em território quilombola e a outra discutiu Água e vida no semiárido: o superpoder das cisternas. Estudantes do Colégio Estadual Professor Carlos Barros, do Colégio Estadual Dinah Gonçalves e do Colégio Bom Pastor visitaram as instalações da Fiocruz Bahia, conhecendo as plataformas tecnológicas da unidade.

A Fiocruz Ceará abriu as portas de sua sede durante três dias de atividades voltadas para o diálogo, a vivência e a aprendizagem. Estudantes de Ensino Médio de cinco escolas dos municípios de Eusébio e Aquiraz participaram da cerimônia de abertura – com a presença de representantes da Fiocruz, autoridades locais e pesquisadores convidados -, além de uma aula interativa sobre estrutura e funções do DNA, jogos relacionados à equidade de gênero e raça, e uma visita guiada ao campus, testemunhando o plantio de mudas.
A programação da Fiocruz Pernambuco aconteceu no município Itapissuma atendendo a mais de 300 alunos de escolas públicas e privadas da região. Equipes de diferentes projetos e serviços da unidade regional apresentaram propostas educativas, que despertaram interesse para projetos como a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) e Meninas e Mulheres na Ciência. Também havia estandes dos Serviços de Referência em Peste, Culicídeos Vetores, Leishmanioses e Chagas; do SuperSUS e do Laboratório de Doenças Transmissíveis.
A vice-diretora de Ensino e Informação Científica da Fiocruz Pernambuco, Sheilla Oliveira, louvou a iniciativa. “É muito importante trazer para essa região, rica em manguezais e comunidades pesqueiras, temas que envolvem a água e o meio ambiente. Nosso objetivo é compartilhar o conhecimento produzido na Fiocruz e, ao mesmo tempo, aprender com as vivências locais, com os estudantes, pescadores e moradores da região”.
Centro-Oeste, Sul e Sudeste discutem o tema das águas
A Esplanada dos Ministérios abrigou o estande interativo da Fiocruz Brasília durante o grande evento da SNCT na capital federal. Entre as atividades oferecidas, um quiz dinâmico e informativo atraiu crianças e adolescentes, que eram desafiados a responderem perguntas sobre saúde, meio ambiente e qualidade de vida. 11,5 mil pessoas visitaram o espaço de 20 a 25 de outubro.
Com uma programação diversa e envolvente, a Fiocruz Minas atraiu cerca de 1,2 mil estudantes e professores de Belo Horizonte e municípios vizinhos em 21 e 22 de outubro para o evento Entre nascentes e marés: reconstruindo vínculos com o Planeta Água. A iniciativa ocorreu no Centro de Referência da Juventude. O público se entregou a diversas experiências lúdicas, interativas e informativas, como a instalação O rio que nos atravessa, os escape rooms com enigmas científicos, as ações da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma/Fiocruz) com estandes de jogos e oficinas que tiveram mediação dos próprios jovens, a exposição de espécies de animais empalhadas e a palestra com Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Sarzedo.
No Paraná, a programação da 22ª SNCT na Fiocruz começou em 29 de setembro e se estende até 19 de novembro. Até o momento, 50 mil pessoas foram impactadas pelas ações de divulgação científica, que se uniram a outros eventos, como Paraná faz Ciência e Fiocruz pra Você, incluindo a participação em seminários em Brasília e em Novo Hamburgo (RS). Além de Curitiba, outras quatro cidades compuseram a rota de atividades no estado, sob o título Da nascente ao morrente: a dança das águas que esparrama vida.
Comunidade escolar marca presença
Durante cinco dias de evento, o Campus Fiocruz Manguinhos (RJ) recebeu estudantes de 55 escolas, que puderam aproveitar uma ampla diversidade de atividades e ações de inclusão e acessibilidade. Entre as 107 atividades distribuídas em 18 espaços do campus, pode-se destacar a iniciativa da FioAntar, que reproduziu um acampamento usado na expedição antártica, a presença do Zé Gotinha conscientizando o público sobre vacinação, a peça de teatro É o fim da picada! e o pocket show de Pedro Luís (Monobloco) no encerramento do evento. Em uma tenda de 564 m², a Feira da Ciência recebeu estandes com jogos, mostras e experiências sensoriais desenvolvidas por mais de dez unidades e departamentos da Fiocruz.
O Museu da Vida Fiocruz vai promover, até o fim de novembro, atividades em oito municípios do Rio de Janeiro (Belford Roxo, Duque de Caxias, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Friburgo, São João de Meriti, Queimados) e na capital. Escolas da rede pública de ensino e espaços culturais recebem atividades educativas, apresentações teatrais e exposições, além de visitas do Ciência Móvel, museu itinerante que encanta os visitantes com ações diversas. Este ano, o caminhão da ciência também passou pela cidade de Viçosa (MG). Estão programadas ainda ações territoriais realizadas em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PR-5/UFRJ).
A 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Fiocruz conta com recursos oriundos da Fundação, da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como parte do Programa Nacional de Popularização da Ciência (Pop Ciência). Tem apoio da Associação Amigos do Museu da Vida Fiocruz (AMVF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e parceria da Pró-Reitoria de Extensão/PR-5 da UFRJ.
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