Médica infectologista e parceira política da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dentro do Congresso Nacional, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) celebrou, em sessão especial do Senado nesta terça-feira (16), os 125 anos da instituição. A estatal brasileira é referência em desenvolvimento de vacinas e médicos diagnósticos, além da produção de medicamentos.
“Nós estamos falando não só de uma das mais respeitadas instituições de pesquisa da América Latina, mas também do esforço gigantesco de centenas de profissionais que dedicaram uma vida inteira à pesquisa, à ciência. E tudo isso não pensando em lucro, mas unidos por um objetivo maior: salvar vidas, tratar, prevenir e curar doenças. A Fiocruz é como o nosso SUS, o Sistema Único de Saúde: pérola do Brasil, exemplo para o mundo”, frisou a parlamentar.
Para Zenaide, comemorar os 125 anos da Fiocruz exige valorizar, principalmente com recursos orçamentários e garantia de gestão técnica, uma instituição pública que projeta o Brasil no mundo como referência em saúde pública gratuita para toda a população.
“Vou além ao cobrar que o poder público, a começar por este Congresso, garanta orçamento todo ano para o pleno funcionamento e valorização da Fiocruz. Sem capacidade de investimento e de custeio, não temos como garantir condições mínimas de funcionamento para esta fundação que nos orgulha. O trabalho da Fiocruz é a prova de que é possível fazer ciência e salvar vidas de forma pública e de graça”, enfatizou a parlamentar.
Pandemia
Zenaide ainda deixou testemunho do papel da Fiocruz na pandemia de Covid-19 no Brasil, além de fazer votos de que a instituição, ligada ao governo federal, cresça como líder no combate e enfrentamento às emergências de saúde, produzindo imunizantes em território nacional e oferecendo suporte técnico às políticas públicas de saúde.
“Enfrentamos as trevas do negacionismo instalado em partes do Estado brasileiro naquele período, mas a Fiocruz foi um bastião de resistência contra desmandos que ignoravam a ciência. Combatemos inúmeros retrocessos na trincheira do Parlamento. Sim, nós conseguimos produzir vacinas apesar daquele cerco autoritário, graças à resiliência de órgãos técnicos como a Fiocruz, o Instituto Butantã, nossos centros de pesquisa avançados das universidades públicas, e muitos outros atores”, salientou a senadora.
Trabalhadores da ciência
A senadora também ressaltou o empenho de todos os funcionários e pesquisadores da Fiocruz: “Defendo não só investimentos maciços no orçamento da instituição, mas dedico aplausos a toda a equipe desta fundação, aos quais devemos nosso agradecimento como brasileiros. A Fiocruz foi, é e sempre será um farol iluminista que promove a saúde pública, a vida humana e as curas e prevenções que prologam e garantem qualidade de vida à nossa população. E hoje comemoramos mais de um século deste grande parque de pesquisa e desenvolvimento”.
Revolução na saúde
A fundação foi criada em 1900 como Instituto Soroterápico Federal, para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica. Em 1908, foi rebatizada em homenagem ao médico e pesquisador Oswaldo Cruz (1872-1917), que iniciou uma revolução sanitária, com iniciativas como a erradicação da febre amarela no Rio de Janeiro, o controle da peste bubônica e o combate à varíola
Entre outras personalidades, a solenidade teve a participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e dos ex-ministros da pasta Nísia Trindade, Arthur Chioro e José Saraiva Felipe, além da médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo.
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