Rio de Janeiro, 25 nov (Xinhua) — O Brasil anunciou nesta terça-feira um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para adquirir vacinas atualizadas a preços mais competitivos por meio dos Fundos Rotativos Regionais, uma estratégia que busca ampliar o acesso à imunização moderna, fortalecer a produção nacional e caminhar rumo à autossuficiência em toda a região.
O acordo foi assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (GECEIS) em São Paulo, e faz parte de uma agenda mais ampla de cooperação em saúde, logística, regulamentação e gestão de suprimentos.
Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa permitirá a incorporação mais rápida e atualizada de vacinas ao Sistema Único de Saúde (SUS), aproveitando as economias de escala derivadas de compras regionais coordenadas.
Os Fundos Rotativos da OPAS funcionam como um mecanismo de cooperação que facilita a aquisição conjunta de vacinas, insumos e medicamentos essenciais nas Américas.
Jarbas Barbosa, diretor da organização, afirmou que o Brasil “terá uma participação mais forte e sistemática” no mecanismo e destacou a capacidade científica e tecnológica do país para contribuir como fornecedor regional de imunizações, medicamentos e equipamentos médicos.
A OPAS também está trabalhando com instituições brasileiras e regionais para ampliar a oferta de vacinas, incluindo novas tecnologias como a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) e, uma vez incorporada, a vacina pneumocócica conjugada 20-valente (PCV20).
Padilha observou que o Brasil busca consolidar sua posição como líder regional capaz de produzir e fornecer vacinas, estabelecendo parcerias com outros países para garantir previsibilidade para os fabricantes e um fornecimento contínuo para as populações.
Em paralelo, o governo está fortalecendo os principais produtores públicos de vacinas do país, como a Biomanguinhos/Fiocruz e o Instituto Butantan, que começarão a fornecer doses para a região por meio dos Fundos Rotativos.
A OPAS coordenará a demanda e identificará outros fabricantes latino-americanos capazes de se tornarem fornecedores, com o objetivo de consolidar um polo regional de produção e caminhar rumo à autossuficiência em imunização na América Latina e no Caribe.
O acordo também está alinhado com a estratégia brasileira de cooperação internacional em saúde, que inclui iniciativas no âmbito do BRICS e do G20. No BRICS, os países assinaram um compromisso para o combate a doenças associadas à pobreza e à exclusão social, incluindo a produção conjunta de vacinas.
No G20, o Brasil lidera a criação de uma Coalizão Global para a Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo a Medicamentos, Vacinas e Tecnologias em Saúde, que será presidida pelo Brasil pelos próximos dois anos e terá a Fiocruz como sua secretaria executiva.
Nesse contexto, a Fiocruz coordenará uma rede colaborativa integrando laboratórios públicos e privados da região.
Entre os projetos em avaliação está a formação de uma rede de produção conjunta com países como Argentina, México e Colômbia, com o objetivo de fabricar vacinas contra doenças respiratórias como COVID-19, pneumonia e bronquiolite.
Padilha enfatizou que o Brasil está trabalhando para estabelecer uma plataforma regional para a atualização contínua da imunização, com o objetivo de transformar as Américas em um polo colaborativo de inovação tecnológica em saúde.
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