Brasil assina parcerias em saúde com a China-radardasaude

Em visita recente à China, o ministro da Saúde Alexandre Padilha voltará ao Brasil com novidades na colaboração econômica em saúde entre os países. Ao lado da vice-presidente da Fiocruz, Priscilla Ferraz, o ministro firmou um Memorando de Entendimento, que envolve a fábrica brasileira Biomm e o laboratório Gan Lee, que já trabalham juntos na produção de insulina glargina.

O acordo prevê transferência de tecnologia para produção e envase dos frascos de insulina em território brasileiro. Além da Biomm, em Minas Gerais, a Bio-Manguinhos entrará na cadeia de produção, através de seu Centro Tecnológico em Insumos Estratégicos, na cidade de Eusébio (CE).  

Além das diabetes de tipo 1 e 2 que a insulina trata, a parceria visa avançar em medicamentos para câncer e doenças autoimunes.

Terceirização deixa médicos sem salários em Belém

Às vésperas de receber a Cúpula Global do Clima e centenas de chefes de estado, cientistas e ativistas, a cidade de Belém se depara com uma crise: cerca de 300 médicos estão sem receber salários há meses. Os pagamentos deveriam ser feitos por Organização Social (OS) que recebeu a gestão de estabelecimentos de saúde. A IADHV, uma das OSs, põe a culpa na prefeitura, que não teria feito os repasses.

Representante dos profissionais prejudicados, o sindicato local acusa a empresa terceirizada de lucrar com a atividade de gestão de suas atividades, algo sempre negado por OS que recebem a prerrogativa de administrar algum serviço de saúde do SUS. A OS se defende e diz que os custos com UPAs e insumos não estão sendo devidamente cobertos pela prefeitura, após aumento ao longo dos anos.

O temor é de colapso da rede pública de saúde em meio ao megaevento, o que fez o Ministério Público Federal entrar em cena. Ao fiscalizar estabelecimentos, o parecer do MPF é crítico e aponta enfermarias superlotadas e uma precariedade material generalizada.

MEC suspende abertura de novos cursos de medicina

O governo brasileiro voltou a tomar medidas de contenção contra a abertura de novos cursos de medicina. O governo Temer já havia feito o mesmo em 2017, por pressão do CFM, mas não cumpriu sua promessa de instalar grupo de trabalho e promover uma atualização nas exigências para novos cursos, o que levou a uma judicialização, na qual novos cursos acabavam autorizados por medida judicial.

No entanto, há consenso entre especialistas de que a expansão é desordenada e desqualificada. Segundo avaliação do MEC, cerca de 50% dos cursos não obtêm notas satisfatórias. Agora, o Ministério da Saúde avaliará num prazo de 120 dias o atual cenário para tomar uma posição.  

* * *

Dignidade menstrual

O MCTI e o Instituto Alana, que trabalha em favor dos direitos de crianças e adolescentes, firmaram parceria para criar a Rede Nacional de Informações Clínicas e Cirúrgicas sobre dor pélvica e endometriose. O objetivo é ampliar o monitoramento de pacientes e seu acesso a prevenção e tratamento. Leia mais.

Uruguai aprova eutanásia

Com apoio de dois terços da população, o Senado uruguaio aprovou mais uma lei de sentido inovador no âmbito dos direitos civis. Desta vez, a morte assistida passou a ser permitida no país. Chamada oficialmente de Morte Digna, a lei estabelece exigências e permite veto do profissional médico. Entenda o contexto.

Discursos antivacina no WhatsApp

Marcelo Alves dos Santos Júnior, da PUC-Rio, publicou artigo a respeito de sua investigação de grupos contrários às vacinas contra a covid-19 no WhatsApp no Brasil. O cientista político analisou a repercussão de artigos e registrou hábitos como o apagamento de mensagens. Assista vídeo em que o pesquisador resume seu trabalho.

Revista com crítica política

Entre os dias 12 e 14, ocorreu em Berlim a Cúpula Mundial da Saúde. Em meio aos debates centrais do setor, o evento contou com lançamento da Revista Health – a political choice. Como o nome já anuncia, a publicação assume posição frontal em temas de peso político. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, assina dois artigos. Conheça a revista.