Acordo entre o Ministério da Saúde e a Biological E Limited prevê cooperação científica e tecnológica com foco em vacinas virais e bacterianas da Fiocruz

Nova Délhi, 17 de outubro de 2025 — O Ministério da Saúde firmou um acordo de cooperação internacional com a empresa indiana Biological E Limited, voltado para o desenvolvimento conjunto de pesquisas tecnológicas e de inovação na área de vacinas. O objetivo é fortalecer as plataformas de imunizantes virais e bacterianos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), consolidando a parceria entre países do Sul Global.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a assinatura do acordo ocorreu durante a agenda oficial do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na República da Índia.

“A missão em Nova Délhi integra os esforços do governo brasileiro para ampliar o comércio, os investimentos e a cooperação bilateral em áreas estratégicas, alinhados aos compromissos firmados entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro Narendra Modi”, destacou o Itamaraty em nota oficial.

O acordo estabelece as bases para o desenvolvimento conjunto de pesquisas e estudos sobre vacinas produzidas por Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela fabricação de imunobiológicos no Brasil. Entre os projetos prioritários, estão o desenvolvimento e testes da vacina pneumocócica 24 valente e a transferência de tecnologia da vacina pneumocócica 14 valente, que permitirá a produção nacional e fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essa transferência garantirá a produção nacional e ampliará a autonomia brasileira na fabricação de imunizantes”, afirmou o Ministério da Saúde.

Além da cooperação tecnológica, o documento prevê parcerias técnicas e científicas para aumentar a capacidade produtiva nacional e atender às demandas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O acordo também inclui intercâmbio de conhecimento e experiências em pesquisa e inovação, apoio à vigilância epidemiológica e incentivo à criação de novos projetos de propriedade intelectual.

A Biological E Limited contribuirá com sua expertise em pesquisa, desenvolvimento e dados técnicos sobre vacinas, além de infraestrutura produtiva já consolidada. Já a Fiocruz, por meio de Bio-Manguinhos, participará com sua estrutura produtiva, rede de pesquisa e integração com o SUS e as agências regulatórias brasileiras.

Considerado um passo estratégico para a soberania tecnológica do Brasil, o acordo fortalece a posição do país na área de imunobiológicos, garantindo autossuficiência em vacinas essenciais e impulsionando o desenvolvimento de novas gerações de imunizantes seguros e eficazes para a população.