O câncer cervical ocorre quando as células do colo do útero passam a se multiplicar de maneira descontrolada, tendo como principal causa a infecção pelo vírus HPV, transmitido principalmente pelo contato sexual.
Também chamado de câncer de colo do útero, essa doença pode não apresentar sintomas no início e, quando surgem, geralmente em fases mais avançadas, incluem sangramentos fora do período menstrual, corrimento com odor forte e dor na parte inferior da barriga.
O tratamento do câncer cervical é feito pelo oncologista ginecológico, que pode indicar cirurgia para retirar parte do colo do útero ou a remoção total do útero. Em alguns casos, também são indicados radioterapia e quimioterapia para destruir células cancerosas.
Sintomas de câncer cervical
O câncer cervical pode apresentar sintomas como:
- Sangramento após relação sexual ou fora do período menstrual;
- Corrimento com odor forte ou com sangue;
- Dor durante a relação sexual;
- Dor na região da pelve;
- Dificuldade ou dor para evacuar ou urinar;
- Dor na parte inferior da barriga ou nas costas;
- Pernas inchadas;
- Cansaço intenso.
O câncer cervical pode não causar sintomas numa fase inicial, sendo mais frequentes alguns sintomas quando a doença já está avançada.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico do câncer cervical é realizado pelo ginecologista e geralmente envolve uma avaliação do histórico de saúde e familiar da mulher e os sintomas apresentados.
Marque uma consulta com o ginecologista mais próximo da sua região:
Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.
Além disso, é realizado o exame papanicolau e, em alguns casos, pode ser feita a colposcopia, um procedimento que utiliza um aparelho chamado colposcópio para examinar mais de perto o colo do útero.
Se necessário, é realizada uma biópsia cervical, que consiste em retirar uma pequena amostra de tecido do colo do útero para análise, normalmente feita no consultório do médico. Entenda melhor como é feita a biópsia cervical.
Possíveis causas
O câncer cervical é causado principalmente pela infecção com o vírus HPV, que é transmitido pelo contato sexual. Entretanto, outros fatores podem aumentar a chance de desenvolver a doença, como:
- Usar pílulas anticoncepcionais por tempo prolongado;
- Iniciar vida sexual precocemente;
- Mulheres com HIV;
- Múltiplas gestações;
- Mulheres com obesidade;
- Tabagismo.
Além disso, o risco de desenvolver câncer cervical aumenta especialmente após os 35 anos, sendo a infecção por HPV o principal fator responsável.
Tratamentos para câncer cervical
O tratamento do câncer cervical é feito pelo oncologista ginecológico e varia de acordo com o estágio da doença e o estado de saúde da mulher, podendo ser realizado:
1. Cirurgia
A cirurgia é a remoção do câncer através de técnicas como:
- Conização: Retirada de uma pequena parte do colo do útero, geralmente usada em lesões iniciais que podem evoluir para câncer;
- Histerectomia total: Remoção do útero e colo uterino, mantendo ovários e trompas, indicada para estágio inicial onde ainda não se espalhou para tecidos próximos;
- Histerectomia radical: Remoção do útero, parte da vagina e tecidos ao redor, às vezes incluindo linfonodos pélvicos, indicada para câncer mais avançado.
Em caso de cirurgia, a histerectomia é o principal procedimento utilizado para tratar o câncer cervical. Entenda quando é indicada a histerectomia.
2. Radioterapia
O tratamento do câncer cervical pode incluir radioterapia, indicada tanto para casos iniciais quanto para câncer avançado, e pode ser usada sozinha ou em combinação com cirurgia e quimioterapia.
A radioterapia usa radiação de alta energia para destruir ou bloquear o crescimento das células cancerosas e pode ser feita de forma externa, com a radiação por fora do corpo, ou interna, em que a radiação é aplicada próxima ao colo do útero.
Entre os possíveis efeitos colaterais estão cansaço, irritação da pele na região tratada, diarreia, alterações urinárias e, em alguns casos, impacto na fertilidade.
3. Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos que atacam células cancerosas em todo o corpo e pode ser aplicada antes da cirurgia para reduzir o tumor, após outros tratamentos para eliminar células restantes ou em casos de câncer avançado para controlar a doença.
Os medicamentos podem ser administrados por via intravenosa ou em comprimidos e frequentemente são combinados com radioterapia para aumentar a eficácia. Veja como é feita a quimioterapia.
Entre os efeitos colaterais mais comuns estão queda de cabelo, cansaço, náuseas, alterações no sangue e maior risco de infecções.
Como prevenir o câncer cervical
Algumas formas de prevenir o câncer cervical são:
- Vacinação contra o HPV, que protege contra os tipos que mais causam câncer cervical, estando disponível pelo SUS com foco em pré-adolescentes entre 11 e 12 anos, antes do início da atividade sexual;
- Rastreamento regular, que ajuda a detectar alterações no colo do útero antes que se tornem câncer, através do papanicolau e teste de HPV, sendo indicado para mulheres entre 25 e 64 anos;
- Hábitos saudáveis, como não fumar, controlar o peso e usar preservativos.
No Brasil, o rastreamento com teste de DNA-HPV é recomendado a cada cinco anos para mulheres de 25 a 64 anos. Esse exame detecta a presença dos tipos de HPV de alto risco, capazes de evoluir para o câncer cervical. Conheça mais sobre o teste de DNA-HPV.