Câncer de Mama no Brasil – Estatísticas, Prevenção e Tratamento 2025

Joabe Antonio de Oliveira

28/10/2025

Conheça as estatísticas sobre o câncer de mama no Brasil, sintomas, tratamentos e algumas dicas impostantes para prevenção.

Olá pessoal, sou servidor do Ministério da Saúde a mais de 15 anos e, estou trazendo para vocês um apanhado dos dados estatísticos sobre o câncer de mama no Brasil. Esses dados foram coletados nos estudos publicados pelo INCA e outras fontes do Ministério da Saúde que se encontram relacionadas no final do artigo e no painel interativo.

Câncer de Mama no Brasil: Dados Estatísticos Essenciais para 2025 (INCA e SUS)

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma. Além de ser o tipo de câncer mais comum, é também a principal causa de mortalidade feminina por câncer no país.

Conhecer os dados estatísticos de incidência, mortalidade e rastreamento do câncer de mama é fundamental para gestores e para a conscientização da população.

1. Incidência e Magnitude da Doença

Para o triênio de 2023 a 2025, o INCA estimou um grande volume de novos casos de câncer de mama no Brasil:

Casos Novos Estimados (2023 a 2025): Foram estimados 73.610 novos casos para cada ano. Outras fontes estimam que mais de 73 mil novos casos são registrados anualmente, ou 74 mil novos casos estimados para 2025.

Taxa de Incidência Ajustada (Nacional 2023-2025): A taxa ajustada de incidência é de 41,89 casos por 100 mil mulheres.

Variação Regional: As regiões Sul e Sudeste apresentam as taxas de incidência mais altas.

Unidades da Federação (UF) com Maiores Taxas Ajustadas: Santa Catarina (74,79) e Rio de Janeiro (70,57) são as UF com as maiores taxas ajustadas estimadas.

Idade: A incidência aumenta com a idade, sendo que a maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos.

Câncer de Mama em Homens: O câncer de mama em homens é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Normalmente, ele aparece em homens acima dos 60 anos.

2. Mortalidade e Impacto no Brasil

O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.

Total de Óbitos (2023): O Brasil registrou mais de 20 mil óbitos por câncer de mama em mulheres em 2023. (Em 2021, foram registradas 18.139 mortes).

Taxa de Mortalidade Ajustada (2023): A taxa ajustada pela população mundial foi de 12,58 óbitos por 100 mil mulheres.

Regiões com Maiores Taxas (2023): As regiões Sul (14,12 óbitos por 100 mil mulheres) e Sudeste (13,26 óbitos por 100 mil mulheres) têm as maiores taxas.

Maior Mortalidade Proporcional: Os óbitos por câncer de mama representam 16,6% do total de óbitos por câncer em mulheres no Brasil.

Faixa Etária de Risco: A mortalidade proporcional é maior no grupo de 50 a 69 anos, que responde por cerca de 45% do total de óbitos por esse tipo de câncer.

3. Rastreamento e Detecção Precoce (Mamografia no SUS)

A detecção precoce é crucial para aumentar as chances de tratamento efetivo. A mamografia é o principal método de rastreamento.

Produção de Mamografias no SUS (2024)

Em 2024, foram realizadas 4.405.597 mamografias em mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).

Tipo de Mamografia (2024)Número de Exames
Mamografia de Rastreamento4.020.169
Mamografia (principalmente diagnóstica)385.428
Total4.405.597

Rastreamento na Faixa Etária Alvo (50 a 69 anos): Em 2024, foram realizadas 2.654.198 mamografias de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos.

Concentração na Faixa Alvo: Em 2024, 65,5% das mamografias de rastreamento realizadas no SUS foram em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. A região Norte e Centro-oeste registraram os menores percentuais, com 61,3%.

Impacto da Pandemia: A produção nacional de mamografias de rastreamento na população-alvo sofreu uma queda de 41% em 2020 devido à pandemia de COVID-19.

Cobertura de Rastreamento (Inquéritos Populacionais)

Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019): A cobertura mamográfica estimada para mulheres de 50 a 69 anos no Brasil foi de 58,3% (mamografia realizada há menos de dois anos).

Mulheres Não Rastradas (PNS 2019): O percentual de mulheres de 50 a 69 anos que nunca realizaram mamografia foi de 24,2% no Brasil. As maiores taxas foram registradas nas regiões Norte (42,1%) e Nordeste (33,7%).

Cobertura no SUS (Siscan 2024): A cobertura média nacional de rastreamento para a população-alvo no SUS (em estados com alta implantação do Siscan) foi de 24,2%. O parâmetro recomendado pela OMS é de 70%.

4. Fatores de Risco Modificáveis (PNS 2019)

A prevenção primária do câncer de mama envolve a redução da exposição a fatores de risco que podem ser alterados.

Fator de RiscoDado Estatístico (Mulheres 18+ anos, 2019)
Excesso de Peso (IMC ≥ 25 kg/m²)56,7% das mulheres apresentavam excesso de peso autorreferido.
Consumo de Álcool (1x ou + por mês)20,2% das mulheres relataram consumir bebida alcoólica pelo menos uma vez por mês.
Inatividade Física (não praticam nível recomendado)Apenas 26,4% praticavam o nível recomendado de atividade física no lazer.
Aleitamento Materno (Fator Protetor)60,3% das crianças menores de 2 anos eram amamentadas (Enani 2019).

5. Diagnóstico e Tratamento no SUS

Tempo para Laudo e Diagnóstico

O tempo entre a biópsia e o laudo anatomopatológico deve ser monitorado, pois a Lei n.º 13.896/2019 estabelece um prazo máximo de 30 dias para a realização de exames diagnósticos em pacientes do SUS com suspeita de câncer.

Tempo de Laudo de Mamografia de Rastreamento (2024): 49,6% dos laudos foram liberados em até 30 dias após a solicitação. Cerca de 26% dos laudos foram liberados com mais de 60 dias.

Tempo de Laudo Anatomopatológico (2024): 64,8% dos exames anatomopatológicos de mama realizados no SUS tiveram o resultado liberado em até 30 dias. A região Norte apresentou o maior percentual de exames liberados em mais de 60 dias (23,4%).

Estadiamento da Doença

A análise do estadiamento (Registro Hospitalar de Câncer – RHC) mostra em que fase a doença é diagnosticada.

Estadiamento Nacional (2018-2022):

    ◦ Casos diagnosticados em estágios iniciais (in situ e I): Média nacional de 25,0%.

    ◦ Casos diagnosticados em estágios avançados (III e IV): Média nacional de 39,5%.

Desafios Regionais: Estados como Roraima (59,5%), Pará (55,9%), Mato Grosso (53,3%) e Amazonas (53,0%) apresentaram mais da metade dos casos com estadiamento avançado.

Tempo para Início do Tratamento

A Lei n.º 12.732/2012 estabelece um prazo de até 60 dias entre a confirmação diagnóstica e o primeiro tratamento oncológico.

Tratamento em Até 60 Dias (2024): Apenas 47,8% dos casos de câncer de mama no SUS com informação disponível no Painel-oncologia receberam o primeiro tratamento em até 60 dias.

Tratamento após 60 Dias (2024): A maioria dos casos, 52,2%, iniciou o tratamento após o prazo legal.

Liderança Estadual: O estado do Paraná apresentou o maior percentual de casos tratados em até 60 dias (60,3% no período analisado), seguido por Espírito Santo (52,3%).

Estatísticas do Câncer de Mama no Brasil (2025)

Novos Casos Estimados (2023-2025)

73.610

novos casos a cada ano. Taxa ajustada: 41,89/100 mil mulheres [1, 3, 4].

Óbitos Registrados (2023)

20.165

mortes por câncer de mama em mulheres. Taxa: 12,58/100 mil [1, 3].

Tratamento em Até 60 Dias

47,8%

dos casos no SUS iniciaram tratamento no prazo legal (2024) [5].

Cobertura de Rastreamento

58,3%

mulheres de 50-69 anos fizeram mamografia (PNS 2019) [2].

Distribuição Regional de Casos Estimados (%)
Sul (maior incidência)
Sudeste
Centro-Oeste
Nordeste
Norte (menor incidência)

Detalhes sobre Incidência e Mortalidade

Unidades da Federação com Maiores Taxas: Santa Catarina (74,79/100 mil) e Rio de Janeiro (70,57/100 mil) apresentam as maiores taxas ajustadas [3].

Mortalidade Proporcional: Os óbitos por câncer de mama representam 16,6% do total de óbitos por câncer em mulheres no Brasil [1].

Faixa Etária de Risco: A mortalidade é maior no grupo de 50 a 69 anos, que responde por cerca de 45% do total de óbitos [1].

Câncer de Mama em Homens: Representa apenas 1% do total de casos, normalmente aparecendo em homens acima dos 60 anos [9].

Evolução da Taxa de Mortalidade (por 100 mil mulheres)

Rastreamento e Detecção Precoce

Produção de Mamografias no SUS (2024): Foram realizadas 4.405.597 mamografias em mulheres [2].

Tipo de MamografiaNúmero de Exames (2024)
Mamografia de Rastreamento4.020.169
Mamografia (principalmente diagnóstica)385.428
Total4.405.597

Rastreamento na Faixa Etária Alvo (50 a 69 anos): Em 2024, foram realizadas 2.654.198 mamografias de rastreamento para mulheres desta faixa etária [2].

Cobertura de Rastreamento:

0%

Cobertura estimada no Brasil para mulheres de 50-69 anos (mamografia nos últimos 2 anos) – PNS 2019 [2]. Meta OMS: 70%.

Desigualdades de Acesso: O percentual de mulheres de 50 a 69 anos que nunca realizaram mamografia atinge 42,1% na Região Norte e 33,7% no Nordeste (PNS 2019) [2].

Impacto da Pandemia: A produção nacional de mamografias de rastreamento na população-alvo sofreu uma queda de 41% em 2020 devido à COVID-19 [2].

Fatores de Risco Modificáveis (PNS 2019)
Fator de RiscoPrevalência (Mulheres 18+ anos)
Excesso de Peso (IMC ≥ 25 kg/m²)56,7%
Consumo de Álcool (1x ou + por mês)20,2%
Inatividade Física (não praticam nível recomendado)73,6%
Aleitamento Materno (Fator Protetor)60,3% (crianças < 2 anos - Enani 2019)

Diagnóstico e Tratamento no SUS

Tempo para Laudo de Mamografia (2024): 49,6% dos laudos foram liberados em até 30 dias após a solicitação. Cerca de 26% dos laudos foram liberados com mais de 60 dias [2].

Estadiamento da Doença (2018-2022):

  • Casos diagnosticados em estádios iniciais (in situ e I): Média nacional de 25,0%
  • Casos diagnosticados em estádios avançados (III e IV): Média nacional de 39,5%

Desafios Regionais: Estados como Roraima (59,5%), Pará (55,9%), Mato Grosso (53,3%) e Amazonas (53,0%) apresentaram mais da metade dos casos com estadiamento avançado [2].

Tratamento em Até 60 Dias (2024): Apenas 47,8% dos casos de câncer de mama no SUS com informação disponível no Painel-oncologia receberam o primeiro tratamento em até 60 dias [5].

Liderança Estadual: O estado do Paraná apresentou o maior percentual de casos tratados em até 60 dias (60,3%), seguido por Espírito Santo (52,3%) [2].

Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Câncer de mama. [S. l.: s. n.], [202-].

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde. Mamografias no SUS. Rio de Janeiro: INCA, 2023.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Controle do câncer de mama no Brasil: dados e números 2025. Rio de Janeiro: INCA, 2025.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Câncer de mama: vamos falar sobre isso? 8. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: INCA, 2023.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 13.896, de 30 de outubro de 2019.

6. BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 14.758, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2023.

7. FEBRASGO. Ministério da Saúde recomenda mamografia a partir dos 40 anos. 24 set. 2025.

8. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Prevenção. Rio de Janeiro: INCA, 2024.

9. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Câncer de mama em homens: sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento. 24 out. 2022.

Guia completo sobre o câncer de mama no Brasil

O câncer de mama é uma realidade que toca a vida de milhares de brasileiras todos os anos. É o tipo de tumor que mais afeta mulheres em nosso país, excluindo os de pele não melanoma. Embora o “Outubro Rosa” seja o mês de maior visibilidade para a causa, a verdade é que a conscientização e o cuidado devem ocorrer o ano inteiro.

Como servidor do Ministério da Saúde há mais de 15 anos, vejo de perto os esforços diários na gestão e nas políticas públicas de saúde para enfrentar essa doença. Minha missão aqui é traduzir o cenário atual, muitas vezes complexo, em informações acessíveis e úteis para você. Queremos que você seja uma parceira ativa na sua própria saúde.

Neste artigo, vamos detalhar as estatísticas mais recentes para 2025, mergulhar nas estratégias de prevenção mais eficazes e apresentar os avanços significativos no tratamento que estão chegando ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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O Cenário do Câncer de Mama no Brasil em 2025

Para entender a importância da prevenção, precisamos primeiro olhar para os números. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão ligado ao Ministério da Saúde, divulgou dados cruciais sobre a incidência da doença.

A estimativa para 2025 é que o Brasil registre cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama. Este número reforça a posição da doença como a principal causa de morte por câncer entre as mulheres no país.

Alguns pontos importantes dos dados mais recentes incluem:

  • Distribuição Geográfica: A Região Sudeste é a que apresenta a maior taxa de incidência da doença.
  • Faixa Etária: Embora o maior percentual de mortes ocorra na população entre 50 e 69 anos, tem se observado uma notícia positiva: uma redução na mortalidade entre mulheres mais jovens, na faixa de 40 a 49 anos. Em contrapartida, a mortalidade em mulheres com 80 anos ou mais tem apresentado aumento.

Esses números não são para assustar, mas para alertar: a detecção precoce e a prevenção são nossas ferramentas mais poderosas.

Prevenção: O Poder em Suas Mãos

Quando falamos em prevenção do câncer de mama, dividimos as estratégias em duas frentes principais: a primária (evitar que a doença surja) e a secundária (detectá-la o mais cedo possível).

Prevenção Primária: Blindando seu Corpo com Hábitos Saudáveis

Embora não exista uma fórmula mágica que impeça 100% o aparecimento do câncer de mama, estudos comprovam que cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de um estilo de vida mais saudável. As recomendações do Ministério da Saúde incluem:

  • Controlar o peso corporal: Manter o peso adequado, evitando a obesidade, é fundamental.
  • Praticar atividade física: A regularidade é mais importante que a intensidade. Mova-se!.
  • Alimentação saudável: Priorize alimentos naturais e minimize o consumo de ultraprocessados.
  • Evitar bebidas alcoólicas: O consumo de álcool, mesmo que moderado, está associado ao aumento do risco.
  • Amamentar: A amamentação é considerada um fator de proteção.

Detecção Precoce: O Pilar da Cura

Detectar o câncer em estágio inicial aumenta exponencialmente as chances de cura e permite tratamentos menos agressivos.

  • Atenção ao Próprio Corpo: O antigo “autoexame” foi atualizado. Hoje, a recomendação é que a mulher conheça seu corpo. Ao se tocar durante o banho ou ao trocar de roupa, observe qualquer alteração persistente, como nódulos, mudanças na pele da mama (retrações, aspecto de casca de laranja), secreções pelo mamilo ou pequenos caroços na axila. Se notar algo diferente, procure imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
  • Mamografia: A Grande Dúvida (40 ou 50 anos?) A mamografia é o exame mais eficaz para o rastreamento, pois pode identificar tumores muito pequenos, antes mesmo de serem sentidos. Sobre a idade para começar, é importante esclarecer:
    1. Recomendação Oficial (Rastreamento): O Ministério da Saúde e o INCA recomendam a mamografia de rastreamento (para mulheres sem sintomas) na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
    2. Ampliação do Acesso no SUS (Nova Diretriz): Reconhecendo a importância do diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para a realização da mamografia no SUS. Agora, o exame está disponível para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas.
    3. Mamografia Diagnóstica: Vale lembrar que, se houver qualquer sintoma ou alteração suspeita na mama, a mamografia diagnóstica pode ser solicitada pelo médico em qualquer idade.

Avanços no Tratamento: O SUS em 2025

A boa notícia é que o tratamento do câncer de mama tem evoluído muito, e o SUS está incorporando terapias de ponta.

A Revolução do Trastuzumabe Entansina (T-DM1)

A grande novidade para 2025 é a incorporação do medicamento Trastuzumabe Entansina (também conhecido como T-DM1).

  • O que ele faz? Pense neste medicamento como um “míssil teleguiado”. Ele é usado para tratar um tipo agressivo de câncer de mama, o HER2-positivo. Ele ataca especificamente as células doentes, poupando as saudáveis.
  • Para quem? É indicado para pacientes com esse tipo de câncer (HER2+) que ainda apresentam sinais da doença mesmo após o tratamento inicial com quimioterapia.
  • O Impacto: Os estudos são animadores. Essa terapia inovadora pode reduzir o risco de mortalidade e de retorno da doença (recidiva) em até 50%.
  • Investimento: O Governo Federal investiu mais de R$ 159 milhões na compra do medicamento, visando beneficiar cerca de 1.144 pacientes já em 2025.

Outras Terapias de Ponta

Além do T-DM1, o Ministério da Saúde está avançando na oferta dos inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe). Esses medicamentos são cruciais para o tratamento de casos avançados ou metastáticos (quando o câncer se espalha) do tipo RH-positivo e HER2-negativo. A compra agora pode ser feita de forma descentralizada por estados e municípios, garantindo mais agilidade na entrega do tratamento.

Conclusão

O cenário do câncer de mama no Brasil em 2025 nos mostra, por um lado, o desafio contínuo representado pelas altas estimativas de novos casos e, por outro, um horizonte de esperança com tratamentos cada vez mais eficazes e acessíveis no SUS.

O conhecimento é a primeira e mais importante ferramenta de prevenção. Conheça seu corpo, adote hábitos de vida saudáveis e siga as recomendações de rastreamento. A sua saúde é o seu bem mais valioso, e nós, do sistema de saúde, estamos aqui para apoiá-la nessa jornada.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Qual a estimativa de novos casos de câncer de mama no Brasil em 2025?

O INCA estima cerca de 73.610 novos casos da doença no país em 2025.

O autoexame mensal ainda é recomendado?

A recomendação atual do Ministério da Saúde foca mais na “atenção ao próprio corpo”. A mulher deve conhecer suas mamas e procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) imediatamente se notar qualquer alteração persistente (nódulo, secreção, mudança na pele).

Com que idade devo começar a fazer mamografia no SUS?

A recomendação de rastreamento (exame em mulheres sem sintomas) do Ministério da Saúde é para a faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. No entanto, o SUS ampliou e disponibiliza o acesso ao exame para mulheres a partir dos 40 anos. Converse com seu médico.

O que é o Trastuzumabe Entansina, novo medicamento do SUS?

É um medicamento inovador, de terapia-alvo, para um tipo agressivo de câncer (HER2-positivo). Ele reduz o risco de morte e de retorno da doença em até 50% para pacientes que não responderam totalmente à quimioterapia inicial.

Câncer de mama tem cura?

Sim. Quando detectado em estágios iniciais, as chances de cura do câncer de mama são muito altas. Por isso, a detecção precoce é tão importante.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Controle do câncer de mama no Brasil: dados e números 2025. Rio de Janeiro: INCA, 2025. 85 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Câncer de mama: vamos falar sobre isso? 8. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: INCA, 2023. 12 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 13.896, de 30 de outubro de 2019. Altera a Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, para que os exames relacionados ao diagnóstico de neoplasia maligna sejam realizados no prazo de 30 (trinta) dias, no caso em que especifica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019.

BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 14.758, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2023. Institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)… Brasília, DF, 2023.

FEBRASGO. Ministério da Saúde recomenda mamografia a partir dos 40 anos. [S. l.: s. n.], 24 set. 2025. Disponível em: [URL da fonte 386]. Acesso em: 25/10/2025.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Prevenção. Rio de Janeiro: INCA, 2024. Disponível em: [URL da fonte 403]. Acesso em: [25/10/2025].

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Câncer de mama em homens: sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento. [S. l.: s. n.], 24 out. 2022. Disponível em: [URL da fonte 274]. Acesso em: [25/10/2025].

PORTAL CÂNCER DE MAMA BRASIL. Mastectomia é melhor do que cirurgia conservadora? [S. l.: s. n.], 7 jul. 2019. Atualizado em: 17 ago. 2021. Disponível em: [URL da fonte 362]. Acesso em: [25/10/2025].

PROTOCOLO DO CÂNCER DE MAMA UNIFICA CONDUTAS EM TODO O PAÍS E INCORPORA CINCO NOVOS PROCEDIMENTOS AO SUS. Revista da Saúde. [S. l.], [2024]. Disponível em: [URL da fonte 393]. Acesso em: [25/10/2025].

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