Casos de síndrome respiratória grave aumentam em 10 estados do Brasil-radardasaude

Joabe Antonio de Oliveira

14/09/2025

A escalada da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARG) voltou ao radar: dez estados registram aumento recente, com concentração no Norte, Centro-Oeste e Sudeste. A tendência não alcança a região Sul, que segue estável.

O alerta aparece no Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (10). O padrão preocupa porque o rinovírus domina os quadros graves entre crianças e adolescentes, enquanto a covid-19 sustenta parte das internações em adultos e idosos.

Em paralelo, especialistas reforçam medidas simples de proteção e vacinação para conter a curva antes do inverno. Os gestores observam pressões distintas entre os estados, o que exige respostas calibradas.

Entre os agentes, o rinovírus impulsiona casos graves em menores, ao passo que a covid-19 pesa mais nas faixas adulta e idosa.

Mapa das tendências por região

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os testes positivos desenham um retrato claro da circulação viral no país.

O Amazonas diverge ao manter alta de casos graves por VSR em crianças pequenas. No Distrito Federal, por sua vez, influenza A e covid-19 somam-se ao avanço de SRAG em jovens, adultos e idosos.

A análise vinculou a covid-19 ao aumento de SRAG entre adultos e idosos no Pará e no Maranhão, além de Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Além disso, a pressão é mais visível no Sudeste e no Centro-Oeste.

Em complemento, houve leve crescimento nas notificações em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Da mesma forma, Bahia, Piauí e Paraíba registraram alta discreta, assim como Amazonas e Amapá, sem reflexo relevante nas hospitalizações.

Proporção de vírus

  • 1,8% influenza B
  • 8,3% influenza A
  • 15,5% Sars-CoV-2 (Covid-19)
  • 20,8% Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
  • 48,9% rinovírus

Recomendações e vacinação

Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforçou condutas imediatas para reduzir a transmissão em ambientes coletivos. Entre elas, ela cita o uso de máscara em locais fechados e unidades de saúde.

Crianças e adolescentes com sintomas devem permanecer em casa ou, caso precisem sair, utilizar proteção adequada.

A pesquisadora também destacou a importância de manter as vacinas contra a covid-19 e a influenza em dia. Pessoas imunocomprometidas e idosos precisam de reforços contra a covid-19 a cada seis meses para evitar casos graves e óbitos.

A adesão ampla reduz a pressão sobre os serviços e protege grupos vulneráveis.

O cenário demanda vigilância contínua e resposta rápida. Nesse contexto, informações de qualidade, o uso de máscaras em espaços fechados e a vacinação sustentam a estratégia para atravessar a sazonalidade com menos impacto.

*Com informações da Agência Brasil.


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