Descubra as 30 estatísticas mais recentes do Câncer de Próstata no Brasil (2023-2025), incluindo incidência, mortalidade e fatores de risco. Acesse o guia essencial de prevenção.

O câncer de próstata representa um desafio significativo para a saúde pública brasileira, sendo uma das neoplasias malignas mais incidentes entre a população masculina. A Vigilância do Câncer, um componente estratégico essencial para o planejamento eficiente de programas de controle, depende diretamente da análise de indicadores como incidência, morbidade e mortalidade.

Para o triênio de 2023 a 2025, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) forneceu estimativas alarmantes. Conhecer esses números é fundamental para que gestores, profissionais de saúde e a sociedade civil possam planejar ações de controle mais efetivas.

A seguir, apresentamos 30 estatísticas vitais sobre o câncer de próstata no Brasil, seguidas de um guia de prevenção baseado nos principais fatores de risco.

Estatísticas de Incidência (Casos Novos)

O câncer de próstata ocupa uma posição de destaque nos rankings de incidência tanto no Brasil quanto no mundo.

Panorama Nacional e Regional (Estimativas 2023-2025)

1. Casos Novos Estimados: Para cada ano do triênio 2023 a 2025, o Brasil estima 71.730 casos novos de câncer de próstata.

2. Porcentagem entre Homens: O câncer de próstata corresponde a 30,0% dos novos casos de câncer em homens (excluindo pele não melanoma).

3. Ranking Nacional Masculino: É o câncer mais incidente entre os homens no Brasil.

4. Ranking Nacional Geral: Ocupa a segunda posição entre os tipos mais frequentes de câncer no país, desconsiderando os tumores de pele não melanoma.

5. Risco Estimado (Brasil): O risco estimado no país é de 67,86 casos novos a cada 100 mil homens.

6. Prevalência Regional: O câncer de próstata é o câncer mais incidente em homens em todas as Regiões do país.

7. Maior Risco Regional: A Região Sudeste apresenta o maior risco estimado, com 77,89 casos a cada 100 mil homens.

8. Menor Risco Regional: A Região Norte apresenta o menor risco, com 28,40 casos a cada 100 mil homens.

9. Variações Regionais: Em homens, enquanto o câncer de próstata é predominante em todas as Regiões, nas de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o câncer de cólon e reto ocupa a segunda ou terceira posição; nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou terceiro mais frequente.

10. Total de Neoplasias Masculinas: O número total de novas neoplasias estimadas para homens no Brasil (exceto pele não melanoma) para 2023 é de 239.430 casos.

O Contexto Global

11. Incidência Mundial (2020): Mundialmente, estimaram-se 1,4 milhão de casos novos em 2020.

12. Proporção Global Masculina: Estes casos equivaleram a 15,2% de todos os tipos de câncer entre homens no mundo em 2020.

13. Ranking Mundial Masculino: É o segundo câncer mais frequente em homens no mundo, representando 14,1% dos casos novos, logo após o câncer de pulmão.

14. Ranking Mundial Geral: Ocupa o quarto lugar entre o total de casos de câncer no mundo (7,3%).

15. Risco Global: O risco mundial estimado em 2020 foi de 31,50 casos a cada 100 mil homens.

16. Incidência por IDH (Alto): Nos países com alto IDH, a taxa ajustada de incidência do câncer de próstata é de 37,5 por 100 mil homens (sendo o segundo mais incidente).

17. Incidência por IDH (Baixo/Médio): Em países com baixo ou médio IDH, o câncer de próstata é o mais incidente (11,3 por 100 mil homens).

Dados de Mortalidade e Risco

Apesar de ser um câncer de bom prognóstico quando tratado em tempo oportuno, a mortalidade associada à doença é significativa no Brasil.

18. Óbitos no Brasil (2021): Em 2021, ocorreram 16.300 óbitos por câncer de próstata no Brasil.

19. Proporção de Óbitos Masculinos (2021): Estes óbitos representaram 13,5% do total de mortes por neoplasias malignas em homens.

20. Ranking de Mortalidade Masculina (2021): O câncer de próstata foi a principal causa de morte por câncer em homens no Brasil em 2021.

21. Óbitos no Brasil (2020): Em 2020, foram registrados 15.841 óbitos por câncer de próstata.

22. Risco de Mortalidade (2020): Isso equivaleu ao risco de 15,30 mortes a cada 100 mil homens.

O Perfil do Paciente e Fatores de Risco (Guia de Prevenção – Estatísticas 23-28)

O câncer de próstata é frequentemente associado a fatores de risco específicos e é considerado um câncer da terceira idade.

23. Idade Avançada: É o principal fator de risco para o câncer de próstata. A incidência e a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

24. Perfil de Idade no Tratamento: Aproximadamente 99,1% dos pacientes iniciaram seus tratamentos acima dos 50 anos.

25. Terceira Idade: Cerca de 75% dos casos novos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

26. Histórico Familiar: Ter pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos é um fator de risco relevante. A hereditariedade é um fator de risco mais importante neste tipo de câncer do que em outros.

27. Excesso de Gordura Corporal: O excesso de gordura corporal pode potencializar o risco de câncer de próstata avançado.

28. Exposições Ocupacionais: Exposição frequente a carcinogênicos como aminas, arsênio, produtos do petróleo, metais, radiações (raios X e gama) e agentes utilizados na produção de borracha está associada ao risco ocupacional.

Diagnóstico e Desafios no Tratamento (Estatísticas 29-30)

O rastreamento do câncer de próstata, principalmente pelo Antígeno Prostático Específico (PSA), tem impacto nas taxas de incidência.

29. Uso do PSA (2025): Em 2025, foram realizados 416.091 exames de PSA na população brasileira.

30. Estadiamento Avançado no Início do Tratamento: Nos últimos três anos, 53,6% dos pacientes iniciaram o tratamento em estadiamento avançado (estágios 3 e 4).

31. Atraso no Tratamento (Lei dos 60 dias): Nos últimos três anos, 63,3% dos pacientes iniciaram o tratamento acima do prazo máximo de 60 dias estabelecido pela Lei nº 12.732/12.

32. Sobrediagnóstico: O advento e a disseminação do teste de PSA são citados como fatores que podem levar à inflação das taxas de incidência e ao sobrediagnóstico.

Nota: Embora 30 estatísticas tenham sido solicitadas, 32 dados relevantes foram extraídos dos documentos para fornecer uma visão abrangente.

Guia Essencial para a Prevenção

Embora a idade e a hereditariedade não possam ser alteradas, as ações de prevenção primária e secundária são cruciais para reduzir o risco e melhorar o prognóstico.

Ações de Prevenção Primária (Fatores Modificáveis)

Com base nos fatores de risco identificados nos estudos do INCA:

Controle da Gordura Corporal: O excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado. A manutenção de um peso saudável através de dieta e atividade física é uma medida protetiva.

Atenção às Exposições Ocupacionais: Indivíduos que trabalham com produtos carcinogênicos (como aminas, arsênio, produtos do petróleo, metais, e radiação X e gama) devem seguir rigorosamente as medidas de proteção para evitar ou minimizar a exposição.

Estilo de Vida Saudável: Adoção de uma alimentação equilibrada e prática regular de atividade física, conforme recomendado para a prevenção geral de cânceres.

Ações de Prevenção Secundária (Detecção Precoce)

A detecção precoce é essencial, visto que mais da metade dos pacientes ainda inicia o tratamento em estadiamento avançado.

Diálogo com Profissionais de Saúde: Homens, especialmente aqueles com 50 anos ou mais, ou com histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, devem discutir o rastreamento com um médico.

PSA e Exame de Estadiamento: O PSA é um exame fundamental para o diagnóstico. Os exames de estadiamento determinam a localização e extensão da doença e são vitais para definir as melhores opções de tratamento e avaliar os resultados.

Atenção ao Prazo de Tratamento: É crucial monitorar o tempo de espera pelo tratamento, pois 63,3% dos pacientes iniciaram o tratamento fora do prazo legal de 60 dias.

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Esta ferramenta oferece uma estimativa baseada em diretrizes médicas gerais. Consulte sempre um urologista para avaliação personalizada.

🛡️ Câncer de Próstata no Brasil: O Guia Definitivo de Prevenção e Desmistificação

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, excluindo os tumores de pele não melanoma. Apesar de sua alta incidência e das mais de 15 mil mortes registradas em 2020 no Brasil, o diagnóstico precoce oferece altas chances de cura, que podem chegar a 98%. Infelizmente, o tema ainda é cercado por tabus e desinformação.

É por isso que este guia é tão importante. Meu nome é Joabe Antonio de Oliveira, e ao longo de mais de 15 anos trabalhando em gestão e políticas no Ministério da Saúde, eu vi de perto como a informação acessível e confiável pode salvar vidas. Minha missão aqui é traduzir a complexidade do setor de saúde para que você, nosso parceiro na busca por uma vida mais saudável, possa tomar as melhores decisões.

Vamos desmistificar os fatos, entender os riscos e, o mais importante, saber como agir para prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de próstata.

💡 Quebrando Mitos: O que Todo Homem Precisa Saber

O preconceito e a desinformação são grandes barreiras para a prevenção eficaz. É fundamental combater os mitos mais comuns:

  • Mito: A ausência de sintomas significa que não há câncer.
    • Verdade: Na maioria dos casos, o câncer de próstata em estágios iniciais não apresenta sintomas. Quando os sintomas urinários surgem (como dor ou aumento da frequência para urinar), eles podem ser confundidos com outras condições, como o aumento benigno da próstata, ou indicar um estágio mais avançado da doença.
  • Mito: O exame de toque retal é desnecessário se o exame de sangue (PSA) estiver normal.
    • Verdade: Ambos os exames são complementares e indispensáveis para uma avaliação médica adequada. O PSA alto pode indicar problemas na próstata, mas não necessariamente câncer, e até 25% dos casos de câncer são diagnosticados apenas pelo toque retal. O exame é rápido e pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce.
  • Mito: O câncer de próstata é uma doença exclusiva de idosos.
    • Verdade: Embora 62% dos diagnósticos ocorram em homens acima de 65 anos, o câncer pode surgir em qualquer idade, inclusive antes dos 40. No Brasil, 9 a cada 10 diagnosticados têm mais de 55 anos, mas o risco aumenta progressivamente com a idade.

Fatores de Risco e Prevenção: O que está no nosso controle

Embora apenas cerca de 10% dos casos tenham origem genética, a grande maioria (90%) está relacionada a fatores comportamentais, o que nos dá uma grande margem de ação.

Fatores de Risco que Merecem Atenção:

  • Idade: A partir dos 50 anos, o risco aumenta.
  • Histórico Familiar: Ter pai ou irmão com a doença, principalmente antes dos 60 anos, aumenta significativamente a chance, e nesses casos, o rastreio deve começar mais cedo, aos 45 anos.
  • Etnia: Homens afrodescendentes possuem um risco até 60% maior e podem desenvolver tumores mais agressivos.

Medidas de Prevenção (O Seu Plano de Ação):

A prevenção primária (o que evita a doença) passa por um estilo de vida que você pode adotar hoje:

  1. Alimentação Saudável: Uma dieta rica em frutas, legumes, verduras e cereais integrais é protetora. Evitar o consumo excessivo de carne vermelha e aumentar a ingestão de peixes (ricos em Ômega-3) e vegetais crucíferos (brócolis, couve-flor) pode ajudar. Lembre-se, o licopeno do tomate cozido pode ter um efeito positivo, mas não é uma prova definitiva.
  2. Controle do Peso: Manter o peso corporal adequado e evitar o sobrepeso e a obesidade, que são fatores de risco comprovados.
  3. Atividade Física: O sedentarismo é um fator de risco. Praticar exercícios físicos diariamente contribui para a prevenção não só do câncer de próstata, mas de vários outros.
  4. Não Fumar: O tabagismo é a regra mais importante na prevenção de diversos cânceres.

🩺 O Rastreio Precoce é a Sua Maior Defesa

A melhor estratégia de prevenção contra o câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Por isso, o acompanhamento urológico é essencial:

  • Idade de Início: A partir dos 50 anos.
  • Grupo de Risco: A partir dos 45 anos (histórico familiar ou afrodescendentes).
  • Periodicidade: Pelo menos uma vez por ano, com urologista.

O rastreio envolve a associação do exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico) e o exame de toque retal.

Analogia Simples: Pense no câncer de próstata em fase inicial como um ladrão silencioso. Você não escuta a porta se abrir, mas as câmeras de segurança (o PSA) e o vigia que patrulha o perímetro (o toque retal) podem detectá-lo antes que ele cause um estrago, garantindo que a polícia (o tratamento) chegue a tempo.

Conclusão: Priorize sua Saúde

O câncer de próstata é uma realidade no Brasil, mas não precisa ser uma sentença. Com a autoridade de quem acompanha o setor de perto, reafirmo: a sua atitude é o fator de maior impacto!

Mantenha-se ativo, coma bem, evite o cigarro e, principalmente, não adie a sua consulta com o urologista. O exame é rápido e a sua vida vale muito mais do que qualquer preconceito. Lembre-se, você é um parceiro vital na busca pela sua saúde.

❓ Perguntas Frequentes (FAQ)

1. Quais são os sintomas do câncer de próstata em estágio avançado?

Em fases mais avançadas, podem surgir dor óssea (as metástases costumam ir para os ossos), compressão da medula, dificuldade ou dor ao urinar, e presença de sangue na urina.

2. O uso de anabolizantes pode causar câncer de próstata?

Não há comprovação direta de que o uso de anabolizantes seja uma causa. No entanto, a reposição hormonal desregrada e sem acompanhamento pode estimular o crescimento de um câncer já existente ou novo.

3. Câncer de próstata tem cura?

Sim, o câncer de próstata tem cura, especialmente quando diagnosticado e tratado precocemente. O tratamento inclui cirurgia, radioterapia e outras terapias, sendo que o diagnóstico inicial garante chances de cura de até 98%.

4. O câncer de próstata tem relação com a impotência sexual?

É um mito que o câncer de próstata por si só cause impotência. No passado, as cirurgias eram mais agressivas, mas com os avanços da medicina, as técnicas minimamente invasivas preservam muito mais as funções do paciente, reduzindo drasticamente essa sequela.

Referências (ABNT NBR 6023)

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (Brasil). Estatísticas de câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Publicado em 23 jun. 2022, atualizado em 3 abr. 2025. Disponível em: [Link da Fonte 1 – INCA Estatísticas de Câncer]. Acesso em: [Data da consulta].

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. 160 p. ISBN 978-65-88517-09-3 (versão impressa). Disponível em: [Link da Fonte 10 – INCA Estimativa 2023]. Acesso em: [Data da consulta].

RADAR DO CÂNCER (Brasil). Próstata. [Rio de Janeiro]: Radar do Câncer, 2024. Atualizado em 1 set. 2024. Disponível em: [Link da Fonte 5 – Radar do Câncer Próstata]. Acesso em: [Data da consulta].

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