O Expresso Chagas XXI é uma nova tecnologia social para a saúde e educação científica que traduz as descobertas sobre a Doença de Chagas em práticas de educação, informação e promoção da saúde, com a abordagem de CienciArte. O projeto busca ampliar o conhecimento sobre prevenção, diagnóstico e cuidado, promovendo ações educativas e comunitárias. A expectativa é envolver profissionais das áreas da saúde e educação, estudantes e moradores em uma experiência transformadora. Em 2022, o Expresso Chagas foi realizado no município goiano de Posse.
A biomédica e responsável técnica pelo Programa Estadual da Doença de Chagas em Goiás, Liliane da Rocha Siriano, ressalta que é muito importante fazer com que a informação chegue à população. “A partir da informação, a pessoa acometida pode buscar orientações para diagnóstico e tratamento, tornando-se protagonista da sua vida e saúde, assegurando o acesso à saúde por direito. Só assim chegaremos a um Brasil sem a Doença de Chagas”, reforça Liliane.
O Expresso é organizado no formato de um trem imaginário, com entrada e saída em uma estação cenográfica composta por seis vagões temáticos. O vagão 1 é da associação, que em Goiás é representada pela Associação Goiana dos Portadores da Doença de Chagas; o vagão 2 é o Laboratório e Inovações, com testes, sorologia e oficina fluorarte; já o vagão 3 traz o brincar e descobrir, com uma artéria gigante, oficina de narrativas gráficas e “Portinari e Saúde”; o vagão 4 tem como tema “Sua Casa e Saúde Única”; o vagão 5 traz o bem-estar; e o vagão 6 finaliza com “A Sua Voz”, uma avaliação da percepção dos participantes.
Por ser uma tecnologia social, as equipes locais participam do curso de formação para implementação da metodologia, inserindo novas atividades em cada módulo temático, denominado por vagão. No Expresso Chagas Porangatu, a transmissão vertical também estará em pauta.
Doença de Chagas
A transmissão pode ocorrer por um inseto conhecido como barbeiro (via vetorial), pela via oral, via congênita (da mãe para o bebê), transfusões sanguíneas, transplante de órgãos de doadores infectados ou acidentalmente em laboratórios. É importante frisar que há tratamento, e que os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
Nos últimos cinco anos (2020 a 2024), foram notificados em Goiás 3.346 casos confirmados da doença em sua fase crônica — ou seja, a fase mais tardia —, com uma média anual de 669,2 notificações. Até o mês de agosto deste ano, já foram registrados 1.124 casos, mostrando a importância epidemiológica da doença em nosso território. Com uma média anual de 625,4 óbitos, Goiás registrou 3.127 mortes entre os anos de 2020 e 2024. Até agosto deste ano, 373 pessoas já morreram em decorrência da doença
Fotos: Expresso Chagas
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