O Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (10), aponta um aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em dez estados brasileiros, concentrados principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
O levantamento destaca que o rinovírus tem sido o principal motor dos casos graves, afetando sobretudo crianças e adolescentes. O vírus da covid-19 também contribui para o aumento, especialmente no Pará e Maranhão, e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, com impacto maior em adultos e idosos.
Cenário por Região e Vírus
A análise da Fiocruz mostra que a única região sem tendência de crescimento da SRAG é a Sul. O boletim indica ainda que, nas últimas quatro semanas, os casos positivos foram impulsionados principalmente por:
- Rinovírus: 48,9%
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 20,8%
- Sars-CoV-2 (covid-19): 15,5%
- Influenza A: 8,3%
- Influenza B: 1,8%
A pesquisa aponta que, de modo geral, os casos de influenza A e VSR estão em queda no país, com exceção do Amazonas, que ainda registra alta de VSR em crianças pequenas. No Distrito Federal, o aumento da SRAG está associado à influenza A e à covid-19 em jovens, adultos e idosos.
O estudo também detalha que a covid-19 está ligada ao aumento de SRAG na população adulta e idosa de estados como Pará, Maranhão, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Um leve crescimento nas notificações por covid-19 foi observado em outras regiões, mas sem causar um aumento expressivo nas hospitalizações.
Recomendações de Proteção
A pesquisadora Tatiana Portella, responsável pelo InfoGripe, reforça a importância das medidas preventivas. Ela recomenda o uso de máscaras em locais fechados e postos de saúde. Além disso, crianças e adolescentes com sintomas de gripe ou resfriado devem permanecer em casa ou usar máscaras se precisarem sair.
Portella também salienta a necessidade de manter a vacinação em dia contra a covid-19 e a influenza. “Pessoas imunocomprometidas e idosos precisam tomar doses de reforço da vacina contra a covid-19, a cada seis meses, para se manterem protegidos contra os casos graves e óbitos do vírus”, alertou a especialista.
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