
Exame. Foto: Robson Valverde/SES-SC
Oito novos exames enviados à Fiocruz testaram positivo para estoplasmose em pacientes ligados ao surto registrado no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória. Os resultados chegaram na noite de segunda-feira (3) e foram divulgados na manhã desta terça (4) pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
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Com a confirmação, o fungo Histoplasma — normalmente encontrado em locais com fezes de aves ou morcegos — passa a ser tratado como a causa mais provável da contaminação dentro do hospital. Mais de 90 pessoas seguem classificadas como casos suspeitos e estão sendo testadas novamente para confirmar quem, de fato, desenvolveu a infecção.
Durante o pronunciamento, Hoffmann afirmou que os novos laudos “reforçam o caminho da investigação para o fungo estoplasma”. Ele explicou que o teste específico não é realizado no Espírito Santo, motivo pelo qual o material está sendo processado na Fiocruz. Mesmo assim, o Lacen-ES continua executando outros exames para excluir hipóteses paralelas e identificar se todos os pacientes com sintomas estão relacionados ao surto.
Sesa desmente boato sobre aumento de casos graves
A divulgação dos laudos coincidiu com a circulação de um áudio em grupos de WhatsApp que afirmava a existência de “30 novos casos graves” no hospital. A Sesa classificou o conteúdo como falso. Segundo Hoffmann, todas as informações oficiais — incluindo número de internações em enfermaria e UTI — são atualizadas diariamente em boletim no site da Secretaria. “Esse áudio é fake. O boletim é a fonte correta e é atualizado todos os dias”, disse o secretário.
Coletiva apontou hipótese fúngica como mais provável
Um dia antes, na segunda-feira (3), a Sesa já havia apresentado em coletiva os primeiros achados laboratoriais. A investigação identificou uma amostra sorológica de paciente reagente ao fungo e uma amostra de água de um bebedouro com presença da bactéria Burkholderia cepacia. No entanto, como nenhum paciente testou positivo para a bactéria e os quadros clínicos observados são compatíveis com estoplasmose, a linha bacteriana perdeu força dentro da investigação.
O diretor do Lacen-ES, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, explicou que a hipótese fúngica “é mais plausível porque foi encontrada em paciente e porque os sintomas condizem com infecção por Histoplasma”.
Centro cirúrgico segue fechado e pode reabrir após vistoria
Hoffmann também informou que esteve no Santa Rita na noite de segunda-feira e visitou as áreas interditadas desde o início do surto. As alas seguem fechadas enquanto o hospital conclui o processo de desinfecção. Uma vistoria da vigilância sanitária será realizada nesta terça (4). Se todas as normas forem cumpridas, a ala e o centro cirúrgico — que tem sete salas e atende procedimentos oncológicos — poderão ser reabertos. “Precisamos retomar as cirurgias o quanto antes”, afirmou o secretário.
Encerramento da investigação
Novos laudos continuarão sendo enviados ao Estado ao longo da semana. A Sesa marcou uma coletiva para sexta-feira (7), quando deve divulgar o balanço final da investigação e anunciar a conclusão do surto.
O que é estoplasmose?
A estoplasmose é uma infecção respiratória causada pelo fungo Histoplasma capsulatum. O fungo costuma estar presente em ambientes com fezes de aves e morcegos e não há transmissão direta entre pessoas. Os principais sintomas são febre, cansaço intenso, falta de ar e tosse persistente.
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