Ana Paula Blower, Agência Fiocruz de Notícias
A Fiocruz divulga, nesta sexta-feira (31/10), uma Carta Aberta com contribuições e 11 recomendações para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém, no Pará. Realizado pela primeira vez na Amazônia e no Brasil, o evento anual e internacional vai reunir mais de 160 países, incluindo representantes de alto nível como chefes de Estado, ministros e diplomatas, além de representantes da sociedade civil, como ONGs, movimentos sociais, empresas, sindicatos e instituições acadêmicas, para discutir e negociar ações contra as mudanças climáticas.
A Carta Aberta da Fiocruz, aprovada durante reunião do Conselho Deliberativo (CD) da Fundação, alerta que “a crise climática é, antes de tudo, uma crise de saúde”. Diante de sua tradição nos estudos da relação entre Clima e Saúde, a Fiocruz assinala que é “imperativo que a saúde seja tratada como eixo orientador da ação climática global”.
Entre algumas das principais recomendações feitas pelo CD da Fiocruz estão: dar centralidade à saúde e suas determinações socioambientais nas políticas climáticas; fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde; promover a justiça climática e socioambiental; ampliar a cooperação nacional e internacional e a participação social; além do diálogo de saberes e garantir financiamento climático para a saúde.
As propostas trazidas na Carta destacam a centralidade da vida e dos territórios como referência para as decisões globais e locais, ressaltando que a proteção da saúde humana e ambiental deve orientar compromissos, políticas e investimentos. O texto busca, portanto, oferecer diretrizes capazes de influenciar a agenda internacional e nacional, fortalecendo a justiça social e ambiental, a solidariedade entre os povos e a construção de respostas coletivas à altura dos desafios do nosso tempo.
“As mudanças climáticas ampliam doenças transmissíveis e crônicas, comprometem o acesso e a qualidade da água, dos alimentos e do ar, fragilizam territórios e intensificam sofrimentos psicossociais”, destaca o texto. “Esses efeitos se acumulam e pressionam os serviços de saúde com demandas simultâneas, interrupções e sobrecarga, evidenciando que não se trata apenas de um desafio ambiental, mas de uma ameaça direta à saúde coletiva e à sustentabilidade socioambiental”.
A elaboração da carta é resultado de um processo coletivo, participativo e institucionalizado no âmbito da Fiocruz, refletindo o compromisso da instituição com a construção democrática de agendas estratégicas.
Confira aqui a Carta na íntegra.
—
Foto: Outras Palavras
Source link
Você pode se precisar disso:
Produtos Recomendados

Ômega 3 1000mg Rico em EPA DHA com Selo IFOS e Vitamina E – 60 cápsulas Vhita-radardasaude
Ver na Amazon* Links de afiliado. Podemos receber uma comissão por compras qualificadas.
Conteúdo Indicado



