Fiocruz e Panamá firmam parceria estratégica para vacinas na América-radardasaude

Joabe Antonio de Oliveira

14/09/2025


 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo do Panamá firmaram, nesta sexta-feira (12), um memorando de entendimento com o objetivo de fortalecer a cooperação científica e tecnológica na área de imunobiológicos. O acordo foi oficializado durante a inauguração do Centro Regional de Inovação em Vacinas e Biofármacos (CRIVB AIP), no Panamá, que nasce com a missão de ampliar a capacidade regional de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas e biofármacos.

Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente panamenho, José Raúl Mulino, em visita oficial ao Brasil. Durante o encontro, realizado no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância da aproximação entre os países. “A agenda marca o recomeço de uma relação entre Brasil e Panamá, fortalecendo laços de cooperação e amizade entre duas nações democráticas, multiculturais e ricas em biodiversidade“, afirmou.

O presidente brasileiro ressaltou ainda que “a Fiocruz vai ampliar a capacidade panamenha de produção de vacinas e contribuir para o estabelecimento de um polo farmacêutico regional”. O memorando assinado nesta sexta-feira é resultado direto desse encontro bilateral conduzido por Lula.

Mario Moreira, presidente da Fiocruz, enfatizou a importância estratégica da parceria. “A assinatura deste documento consolida o compromisso da Fiocruz com parcerias que favoreçam o fortalecimento dos sistemas de saúde na América Latina e Caribe, promovendo a integração científica, tecnológica e a capacidade local de produção. Essa iniciativa é fundamental para a soberania e segurança sanitária dos nossos países”, declarou.

O CRIVB AIP é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Panamá. O centro tem como objetivo posicionar o país como referência em inovação na saúde, com atividades voltadas à pesquisa, desenvolvimento clínico, produção de imunobiológicos e capacitação profissional. A estrutura conta com uma planta de produção de vacinas, laboratórios de diagnóstico e desenvolvimento de produtos, além de programas de formação e cooperação regulatória.

O vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Ricardo de Godoi, destacou a relevância do projeto. “Esperamos avançar em iniciativas de grande impacto para a saúde pública regional, reafirmando nosso compromisso com a ciência e a equidade no acesso a vacinas e biofármacos”, afirmou.

Com localização estratégica e infraestrutura logística avançada, o Panamá poderá atuar como centro de distribuição ágil de vacinas para toda a América Latina, reforçando a soberania regional e garantindo respostas rápidas a emergências de saúde pública.

Foto: Rodrigo Méxas/Fiocruz




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