Na última terça-feira (2/12), o 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão 2025), que ocorreu em Brasília, foi palco do lançamento do livro Desigualdades sociais e saúde: abordagens inovadoras para avaliar seus efeitos na população brasileira. A publicação foi desenvolvida pela Fiocruz, por meio do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em parceria com a Universidade de Glasgow, da Escócia, e outras instituições parceiras de nível nacional e internacional.

Um dos organizadores do livro, Maurício Barreto, e um dos coautores da obra, Alastair Leyland, durante tarde de autógrafos (foto: Cidacs/Fiocruz Bahia)
Durante o evento, estiveram presentes os organizadores Maurício Barreto, Maria Yury Ichihara, Estela Aquino e Adalton Fonseca, que representam o Cidacs. Diretor da Unidade de Ciências Sociais e de Saúde Pública da Universidade de Glasgow, Alastair Leyland foi um dos coautores com presença garantida entre os mais de 50 pesquisadores que fazem parte da obra. Todos integram a Unidade de Pesquisa em Saúde Global do National Institute for Health and Care Research (NIHR) sobre Determinantes Sociais e Ambientais das Desigualdades em Saúde (SEDHI).
O livro reúne evidências do estudo Política social e desigualdades em saúde (tradução livre para Social Policy and Health Inequalities), com achados relevantes para o Brasil, a partir de análises baseadas em grandes dados administrativos vinculados, como a Coorte de 100 Milhões de Brasileiros e o Índice Brasileiro de Privação (IBP), desenvolvido no âmbito do projeto. O Índice Brasileiro de Privação, construído a partir do Censo de 2010 é o índice que permite acompanhar as desigualdades, alinhado aos princípios e políticas de equidade do SUS. O IBP é a primeira medida de privação material no Brasil que permite análises no nível dos Setores Censitários (SC), além do nível municipal.
Elaborado a muitos mãos, através da parceria com pesquisadores dedicados a áreas múltiplas da saúde, o livro aborda as políticas públicas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, e seus efeitos nos indicadores de saúde. Outro ponto da obra diz respeito a como as desigualdades tiveram influência na pandemia de Covid-19, nos óbitos e no acesso à vacinação. Além do impacto das desigualdades raciais e territoriais no acesso a serviços de saúde pelas comunidades.
Para Maurício Barreto, o livro é importante porque se preocupa em construir um conhecimento amplo sobre a saúde da população e ampliar as reflexões e atitudes globais sobre desigualdade, determinantes sociais e saúde. “Embora direcionados centralmente pelo Brasil, há a articulação com o grupo de Glasgow, grupos do Reino Unido, e também do Equador. Este movimento conjunto permite pensar a questão das desigualdades do Sul Global, onde há problemas menos investigados do que aqueles do Norte, como Europa e Estados Unidos”, pontua Barreto. Ele complementa que a construção de conhecimento a partir do Sul implica esforços internacionais e em rede para colocar o problema no mapa global.
Da Universidade de Glasgow, Alastair Leyland comentou a parceria de longa data com o Cidacs/Fiocruz Bahia e os bons resultados que a aproximação trouxe. “O lançamento reuniu muitas pessoas, que estiveram interessadas em conferir e conseguir o livro. Nós temos uma relação próxima com o Cidacs desde o seu início até aqui em seus 9 anos de vida, e esperamos que este caminho continue”, completa Leyland.
Leia mais no site do Cidacs/Fiocruz Bahia.
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