A Secretaria de Saúde de Penedo apoia uma importante ação científica voltada para o enfrentamento da esquistossomose no Brasil. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram testes em pessoas que já tiveram diagnóstico positivo para a doença e aceitaram participar do estudo desenvolvido em parceria com o governo estadual e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Os exames foram realizados no Laboratório Municipal e no Laboratório de Endemias, ambos instalados no Complexo de Saúde Dr. Hélio Lopes, reforçando a relevância da estrutura local para o avanço das pesquisas científicas.
Em Penedo, o estudo conseguiu 15 voluntários residentes em diferentes comunidades, todos com sigilo da identidade preservada. O objetivo da iniciativa é avaliar novas alternativas para o diagnóstico mais preciso da esquistossomose no Brasil, especialmente em casos de pacientes com baixa carga parasitária, situação em que os exames convencionais apresentam maior dificuldade de detecção.

“Comparando com o que é feito hoje em dia, que é o exame de fezes, a gente vai conseguir avaliar o comportamento da contaminação nessas pessoas, com a realização desses outros exames. Se eles vão ser testes melhores, mais sensíveis para um diagnóstico preciso. Com isso, no final do estudo, a gente vai fazer a produção de artigos científicos que, no futuro, podem contribuir para a inclusão de testes mais eficazes disponíveis gratuitamente no SUS”, explica a bióloga Sílvia Gonçalves Mesquita, uma das responsáveis pela pesquisa.
A parceria entre Fiocruz, Ufal e governo estadual e municipal demonstra a união entre ciência, governo e universidade em prol da saúde pública, colocando Alagoas como cenário de um estudo de grande impacto para o futuro do diagnóstico e enfrentamento da doença endêmica em várias regiões do Brasil.
A esquistossomose, conhecida como “barriga d’água”, é uma doença parasitária transmitida por caramujos de água doce infectados. A contaminação ocorre quando a pessoa entra em contato com águas contaminadas, comum em regiões ribeirinhas. Entre os principais sintomas estão dores abdominais, diarreia, presença de sangue nas fezes e, em casos graves, aumento do fígado e do baço. Além de afetar diretamente a qualidade de vida, a doença pode levar a complicações sérias quando não diagnosticada e tratada adequadamente.