Em um movimento inédito, povos tradicionais, cientistas, profissionais da saúde, especialistas em Clima, estudantes e organizações sociais vão ocupar as ruas de Belém (PA) na próxima terça-feira (11/11), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A Marcha Global Saúde e Clima marca a primeira grande mobilização do setor em uma conferência climática no Brasil e visa dar visibilidade a um tema marginalizado nas negociações: o impacto direto da crise climática sobre a saúde humana e planetária. A Fiocruz irá participar da ação.

Com o lema Cuidar da saúde é cuidar do clima, a Marcha propõe um novo paradigma: tratar a saúde como fator determinante nas políticas de adaptação e mitigação climática. O evento acontece antes do Dia da Saúde da COP30 (13 de novembro) e terá início às 17h, com concentração na Embaixada dos Povos. O percurso de 1,5 km segue até a Zona Azul da COP30, no Parque da Cidade.
Estão previstas oficinas artivistas, distribuição de materiais educativos e ações de engajamento popular. O movimento também busca pressionar por políticas públicas que reconheçam a interdependência entre meio ambiente, saúde e justiça social.
O ato é organizado pelo Movimento Médicos pelo Clima, idealizado pelo Instituto Ar e pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), com a participação de instituições nacionais e internacionais — entre elas, a Fiocruz, o Movimento Saúde Sustentável, o Médicos Sem Fronteiras (MSF), a Global Climate and Health Alliance, o Red Clima y Salud, o 350.org Brasil e a Avaaz.
Fiocruz e a Agenda 2030: ciência, saúde e clima integrados
A presença da Fiocruz na marcha reforça o vínculo entre mobilização social, saber tradicional e políticas públicas baseadas em ciência. Por meio da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030) e da Estratégia Fiocruz para Clima e Saúde, a instituição atua na promoção de uma abordagem transdisciplinar e preventiva, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) — especialmente os ODS 3 (Saúde e Bem-Estar) e 13 (Ação Climática).
Para o coordenador da EFA 2030, Paulo Gadelha, a Marcha representa um ponto de convergência entre o conhecimento científico, tradicional e a mobilização social. “A crise climática é uma crise civilizatória que exige respostas integradas entre saúde, ciência, meio ambiente e justiça social. A Fiocruz tem buscado construir essa ponte, articulando agendas locais e globais dentro da lógica dos ODS desde 2017, quando foi lançada a EFA 2030 como referência para o alcance do desenvolvimento sustentável”, afirma Gadelha.
Gadelha também destaca o papel da COP30 como espaço estratégico para consolidar a voz da saúde nas negociações internacionais: “Trazer a pauta da saúde para o centro das discussões climáticas é fundamental para que as decisões sejam humanas, sustentáveis e baseadas em evidências. A Marcha é a expressão concreta dessa visão: o reconhecimento de que proteger o planeta é também proteger a vida”.
Essas iniciativas consolidam a visão de Uma Só Saúde (humana, animal e ambiental) como eixo das políticas de enfrentamento às mudanças climáticas. Na COP30, a Fiocruz enfatiza seu compromisso de unir ciência, cidadania e sustentabilidade em defesa de um futuro mais justo e saudável.
Serviço:
Marcha Global Saúde e Clima
Data: 11 de novembro (terça-feira);
Horário: 17h (horário de Belém);
Concentração: Embaixada dos Povos (Av. Duque de Caxias, 860 – Fátima, Belém – PA);
Percurso: 1,5 km até a Zona Azul da COP30 (Parque da Cidade).
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