PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A Secretaria de Saúde do Espírito Santo confirmou nesta segunda-feira (10) que o fungo Histoplasma capsularum é o causador do surto registrado em uma ala do Hospital Oncológico Santa Rita, em Vitória.
Na quarta-feira passada (5), nove pessoas haviam testado positivo; nesta segunda, o número de casos confirmados subiu para 32, sendo 23 funcionários, três pacientes e seis acompanhantes.
O fungo Histoplasma sp. é responsável por uma doença chamada histoplasmose, cujos sintomas incluem febre, dores no corpo e falta de ar, os mesmos relatados pelos pacientes.
São 141 casos investigados no total, dentre 113 funcionários, 11 pacientes e 17 acompanhantes.
Os investigadores também haviam identificado, na semana passada, a presença da bactéria Burkholderia cepacia na água de um bebedouro da área de descanso da enfermagem da unidade atingida pelo surto.
De acordo com o relatório da investigação epidemiológica, a bactéria também foi encontrada nas amostras sanguíneas de duas funcionárias da ala que tiveram os casos mais graves causados pelo surto.
Amostras coletadas dos pacientes foram enviadas à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que analisou o caso em parceria com o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo).
“A partir de agora, a Vigilância Sanitária está investigando para saber como esse fungo entrou no hospital e para que possamos aperfeiçoar o sistema de segurança, tanto no Hospital Santa Rita quanto nos hospitais em geral, por meio dos protocolos da Vigilância em Saúde”, disse o secretário de Saude Tyago Hoffmann.
As ações de vigilância serão mantidas por mais 60 dias, incluindo novas coletas de água e análises complementares de casos suspeitos.
O resultado da investigação foi apresentado nesta manhã em coletiva de imprensa com Hoffmann, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei do Amaral Cardoso, e o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues.
A principal suspeita é que o fungo tenha se espalhado pela ala hospitalar por meio do sistema de ar-condicionado.
A infecção por Histoplasma capsularum ocorre pela inalação de partículas que contêm o fungo, identificado principalmente em excrementos de aves e morcegos, mas pode estar presente no solo e em árvores. O principal grupo de risco é formado por trabalhadores rurais expostos a essas condições ambientais.
Segundo o Ministério da Saúde, o Histoplasma capsularum não é transmitido de pessoa para pessoa, nem de animais para humanos. O hospital alertou a população para não interromper tratamentos oncológicos por medo de contaminação, e disse que todos os ambientes fora da ala hospitalar interditada após o surto estavam seguros.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a infectologista Carolina Salume, coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar do Santa Rita, explicou que surtos de Histoplasma capsularum são mais frequentes em ambientes com alta concentração do fungo, como casas em reforma que ficaram fechadas por longos períodos ou cavernas.
“Surtos hospitalares não, é realmente muito raro”, disse. Ela disse que a possibilidade de desenvolvimento da doença está relacionada à quantidade de esporos inalados, e que a grande maioria das pessoas apresenta forma assintomática.
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