O Brasil dará um importante passo no uso do conhecimento tradicional associado ao desenvolvimento de fitoterápicos com a criação do primeiro medicamento industrializado a partir da planta Phyllanthus niruri, conhecida popularmente como quebra-pedra. Tradicionalmente utilizada no tratamento de distúrbios urinários, essa planta será transformada em um fitoterápico a partir de um esforço conjunto entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O projeto visa respeitar a legislação de acesso ao conhecimento tradicional, promovendo uma inovação que valoriza o saber indígena e de comunidades tradicionais, ao mesmo tempo em que assegura os direitos desses povos.
O fitoterápico será disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de oferecer à população um tratamento seguro e eficaz para a litíase urinária, uma condição que causa a formação de cálculos no trato urinário. O desenvolvimento do produto conta com um investimento de R$ 2,4 milhões, destinado à adequação de maquinário, compra de equipamentos e insumos, além de estudos laboratoriais e visitas técnicas. A produção seguirá os rigorosos padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com a criação de lotes-piloto e subsequentes estudos de estabilidade para garantir a qualidade do produto, que está previsto para ser lançado no prazo de até dois anos.
Essa iniciativa é considerada um marco não apenas no setor da saúde, mas também no fortalecimento da cadeia produtiva nacional, incentivando o uso sustentável da biodiversidade brasileira e promovendo a pesquisa científica e tecnológica. A Fiocruz ressalta que a criação do fitoterápico representa um avanço no acesso de tratamentos fitoterápicos à população brasileira, ao mesmo tempo em que assegura que esses medicamentos sejam de qualidade e eficazes. Além disso, o acordo reforça o papel das comunidades tradicionais e povos indígenas como guardiões do patrimônio genético do país, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento de novos produtos que combinam ciência, saúde pública e sustentabilidade.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Agência Fiocruz de Notícias
Imagem: UFSC
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