O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDPI/MDHC), Alexandre da Silva, participou, na última sexta-feira (12), do lançamento do curso “Mulheres e Envelhecimentos”, realizado no auditório da Escola de Governo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília.
A iniciativa, promovida pela Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde, aborda os desafios enfrentados por mulheres no processo de envelhecimento, destacando a feminização da velhice e a necessidade de políticas públicas inclusivas. O curso, 100% online e gratuito, está com inscrições abertas até 11 de novembro e terá aulas entre 12 de novembro e 19 de dezembro de 2025.
Formação para fortalecer políticas públicas
A programação conta com três módulos, que tratam de temas como a trajetória do envelhecimento e seus determinantes sociais, os aspectos psicossociais da saúde das mulheres e o panorama das políticas públicas no Brasil e nas Américas.
Em sua fala de abertura, o secretário nacional, Alexandre da Silva, citou um provérbio tupi-guarani que diz que “Uma árvore só cresce se suas raízes forem profundas”, fazendo uma provocação sobre o futuro e convidando o público a imaginar um Brasil mais justo e inclusivo, onde mulheres negras idosas possam ocupar espaços de poder e liderança.
Em seguida, Alexandre destacou que o curso é uma resposta urgente à realidade que as mulheres vivem mais, mas muitas vezes com menor qualidade de vida, acumulando papéis como cuidadoras e, ao mesmo tempo, enfrentando doenças crônicas e falta de apoio.
O secretário chamou atenção para a importância de políticas públicas que valorizem o protagonismo das mulheres idosas. “É urgente garantir mais direitos, mais participação e mais voz para elas, em especial em espaços de decisão política e social”, destacou.
Alexandre também defendeu a necessidade de reorganizar os serviços de saúde para atender às demandas reais das pessoas idosas, respeitando saberes ancestrais e ampliando o acesso de qualidade em todos os territórios. Ele alertou ainda para novas formas de violência, como a patrimonial e financeira, que têm afetado cada vez mais a população idosa.
Encerrando sua participação, o secretário ressaltou o trabalho da pasta em programas voltados para mulheres quilombolas, indígenas, ciganas, migrantes e em situação de rua, que vivem em favelas, reafirmando o compromisso com a diversidade e a interseccionalidade.
“Precisamos lutar e garantir o protagonismo das mulheres idosas. Elas não podem ser vistas apenas como cuidadoras; são sujeitas de direitos, com histórias, potencialidades e contribuições fundamentais para o Brasil”, concluiu.
A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, reforçou a importância do curso para ampliar políticas públicas de cuidado. “Mais longevidade exige mais cuidado, e precisamos garantir que as mulheres idosas tenham acesso a políticas que respeitem suas histórias e necessidades”, declarou.
Ela também ressaltou que o curso, nesse sentido, se soma a outras agendas da Fiocruz, como a avaliação dos 20 anos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e pesquisas voltadas para a prevenção de cânceres de mama e de colo de útero.
A mesa de abertura contou ainda com representantes do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), do Coletivo Mulheres Negras Baobá de Brasília e do Senado Federal.
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Texto: P.V.
Edição: G.O.
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