O cantor e compositor Milton Nascimento recebeu, nesta terça-feira, o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Fiocruz Minas. A homenagem à Bituca foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo da instituição, que decidiu honrar a obra de um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira.
A cerimônia ocorreu na capital mineira. Por questões de saúde, o artista não pôde estar presente, mas foi representado pelo maestro de sua banda, Wilson Lopes. O músico relembrou os 40 anos de amizade e trabalho ao lado de Milton e ressaltou que é o artista mais extraordinário com quem atuou.
“Falando da pessoa dele é um absurdo, um anjo e na música não tem condição, é uma outra encarnação absurda ou é extraterrestre mesmo, porque ele não estudou em lugar nenhum e é impressionante isso. E a música dele é mundial, a música dele é estudada no mundo. E assim, eu começo a defender que é praticamente um estilo musical. O Milton é um ser humilde demais é um amor, absurdo, sempre falou de amor e de amizade. Para mim é uma honra estar aqui, agradeço muito a Friocruz. Estou aqui um pouco com pesar que eu gostaria que ele estivesse, um pouco de tristeza, mas é a vida, a gente tem que entender”, afirmou.
A diretora da Fiocruz Minas, Cristiana Brito, afirmou que a homenagem reconhece a relevância da obra de Milton como instrumento de transformação social.
“O entendimento da Fiocruz de saúde é num conceito ampliado de saúde que inclui os determinantes sociais e a cultura é uma parte essencial da saúde. E a gente tem que reconhecer muito no Milton também o legado dele com causas sociais, defesa anti-racista, a defesa indígena e também a luta que ele teve durante a ditadura, em defesa da democracia. Então, esse papel que ele desempenha também é muito conectado com todas as pautas que a Fiocruz defende”, afirmou.
Natural do Rio de Janeiro, Milton Nascimento veio para Minas Gerais ainda bebê após perder a mãe. Ele cresceu em Três Pontas, no sul do Estado, onde viveu com pais adotivos, que sempre estimularam desde cedo sua formação musical.
No início da década de 1960, Bituca se mudou para Belo Horizonte, onde integrou o movimento que daria origem ao histórico Clube da Esquina, ao lado de Lô Borges, Beto Guedes, Márcio Borges e Fernando Brant, formação que revolucionou a sonoridade da música brasileira e projetou Minas Gerais para o cenário internacional.
Ao longo da carreira, lançou 47 álbuns, participou de 13 filmes, conquistou quatro Grammys e colecionou parcerias com grandes nomes nacionais e internacionais.
Milton Nascimento se aposentou dos palcos em 2022, após a turnê “A Última Sessão de Música”. Agora, com 83 anos, Bituca recebeu o diagnóstico de demência por corpos de Lewy, doença causada por depósitos anormais de proteína nas células nervosas, levando a vários problemas cognitivos e de movimento. Anteriormente, ele já tinha sido diagnosticado com Parkinson.
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