A cena poderia ser tirada de um romance de ficção científica: milhões de mosquitos criados em laboratório para salvar vidas. Mas é realidade. Em 2025, o Brasil inaugurou a maior fábrica de mosquitos do mundo, com capacidade de produzir 100 milhões de insetos por semana. A arma secreta é a bactéria Wolbachia, que transforma o Aedes aegypti em um aliado inesperado contra epidemias.
Um exército de mosquitos contra epidemias
O projeto é liderado pelo World Mosquito Program, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os mosquitos infectados com Wolbachia não conseguem transmitir os vírus do dengue, zika ou chikungunya. Quando soltos na natureza, as fêmeas passam a bactéria para suas crias, até substituir gradualmente a população silvestre.
Os resultados são animadores: em Medellín e Bello, na Colômbia, os casos de dengue caíram até 54%. Já em Niterói, no Rio de Janeiro, a redução chegou a 69%.
Como funciona a biofábrica
Na unidade de Curitiba, o processo é altamente controlado. Temperatura e umidade são ajustadas para simular um ambiente perfeito de criação, semelhante a um grande viveiro. Semanalmente, a fábrica gera cerca de 100 milhões de ovos, com previsão de liberar 5 bilhões de mosquitos em dez anos.
A logística, no entanto, é complexa. As solturas precisam ser planejadas em escala urbana, exigindo campanhas de conscientização para que a população compreenda o objetivo: tratar-se de uma intervenção de saúde pública, não de um risco adicional.
Inauguramos a maior biofábrica de mosquitos 🦟 do mundo.
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— Fiocruz (@fiocruz) July 21, 2025
Um impacto que vai além do Brasil
Com o avanço do aquecimento global, o habitat do Aedes aegypti está se expandindo para novas regiões, incluindo partes da Europa. Nesse contexto, a estratégia brasileira ganha relevância internacional.
Diferente dos inseticidas químicos, que afetam o meio ambiente e perdem eficácia com o tempo, os chamados “wolbitos” oferecem uma alternativa sustentável: não eliminam os mosquitos, mas os tornam inofensivos. A iniciativa já recebeu apoio de financiadores globais, como a Fundação Gates, que busca expandir o modelo para outros países da América Latina.
Ciência e natureza em equilíbrio
Apesar de exigir anos para mostrar resultados concretos, o método tem potencial transformador. A criação de mosquitos com Wolbachia simboliza uma nova forma de enfrentar epidemias: não lutando contra a natureza, mas trabalhando junto com ela.
Cada liberação representa um passo em direção a um futuro no qual dengue, zika e chikungunya deixem de ser ameaças inevitáveis e passem a ser doenças controladas.
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