Panamá firma parceria com a Fiocruz para produção regional de vacinas e biofármacos-radardasaude

Joabe Antonio de Oliveira

13/09/2025

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo do Panamá formalizaram, nesta sexta-feira (12/9), um Memorando de Entendimento (MdE) com o objetivo de fomentar a cooperação científica e tecnológica na área de imunobiológicos. A assinatura ocorreu durante a inauguração do Centro Regional de Inovação em Vacinas e Biofármacos (CRIVB AIP), localizado no Panamá, que foi criado com a missão de fortalecer a capacidade de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas e biofármacos na América Latina.

O MdE estabelece a colaboração entre o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e o CRIVB AIP, abrangendo projetos conjuntos de pesquisa, formação técnica e acadêmica, transferência de tecnologias e fortalecimento da capacidade local de produção. A parceria é resultado direto da visita oficial do presidente panamenho, José Raúl Mulino, ao Brasil, no final de agosto, quando foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula destacou que a Fiocruz contribuirá significativamente para a criação de um polo farmacêutico regional, ampliando a capacidade do Panamá na produção de vacinas.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, afirmou que a parceria reforça o compromisso da instituição com o fortalecimento dos sistemas de saúde da América Latina e Caribe, promovendo a integração científica e a segurança sanitária regional. Já o vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Ricardo de Godoi, ressaltou o potencial da iniciativa para projetos de grande impacto na saúde pública, com foco na equidade no acesso a vacinas e biofármacos. O CRIVB AIP, uma iniciativa da Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Senacyt) do Panamá, contará com infraestrutura moderna, incluindo planta de produção, laboratórios e programas de capacitação.

A cooperação com o Panamá fortalece a presença estratégica da Fiocruz na região e contribui para a soberania sanitária latino-americana. A posição geográfica e a estrutura logística do país poderão facilitar a distribuição de imunobiológicos, promovendo acesso equitativo e resposta rápida a emergências de saúde em todo o continente.

Da redação do Jornal Panorama

Com informações: Marcela Dobarro/Fiocruz

Imagem:   Fernando Frazão/Agência Brasil


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