OMS emitiu alerta para o subclado K da Influenza A (H3N2)
Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 08:56
O Ministério da Saúde confirmou o primeiro registro, no Brasil, do subclado K da Influenza A (H3N2), popularmente chamado de gripe K ou super gripe. A identificação ocorreu em amostras analisadas no estado do Pará e foi divulgada no Informe de Vigilância das Síndromes Gripais referente à Semana Epidemiológica 49, publicado em 12 de dezembro. >
De acordo com o documento, também foi detectado no país o subclado J.2.4 do mesmo vírus. Ambos já circulavam em regiões da América do Norte, da Europa e da Ásia antes de serem identificados em território brasileiro. A pasta ressalta que o aumento da circulação do H3N2 no Brasil antecede a confirmação dessas variantes específicas.>
Apesar da confirmação, o Ministério da Saúde afirma que não há, até agora, indícios de que o subclado K esteja associado a quadros mais graves. O comportamento observado segue o padrão esperado da Influenza A sazonal, especialmente do H3N2, subtipo historicamente ligado a surtos periódicos.>
O virologista Gúbio Soares alerta que é provável que as novas variantes estejam em circulação na Bahia. “Estamos vendo casos de pessoas com sintomas gripais muito fortes que ficam de cama, com muitas dores, que não passam com medicamentos. Isso significa, pelos sintomas, que o vírus está circulando”, afirma. Leia mais aqui.>
Situação da Influenza no país>
O informe aponta crescimento ou estabilidade das internações por Influenza A nas últimas semanas em estados do Norte – Amazonas, Pará e Tocantins -, do Nordeste – Bahia, Piauí e Ceará – e também em Santa Catarina, no Sul. Já no Sudeste, a tendência é de queda gradual das hospitalizações relacionadas ao vírus.>
Mesmo com a circulação do subclado K, o ministério reforça que a vacinação continua sendo a principal estratégia para reduzir casos graves, internações e mortes por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.>
Alerta internacional para a gripe>
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram alertas indicando que a temporada de gripe nas Américas pode começar mais cedo em 2026 e ter maior impacto. A avaliação se baseia em dados recentes da OMS, que mostram aumento da atividade global do influenza nos últimos meses, com predominância do vírus influenza A (H3N2).>
Embora, de modo geral, a circulação ainda esteja dentro do esperado para uma temporada sazonal, alguns países já registraram início antecipado da gripe e níveis de atividade acima do padrão histórico para este período do ano. Diante desse cenário, as entidades recomendam reforço da vigilância, preparação dos sistemas de saúde e ampliação da cobertura vacinal, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis.>
O principal motivo do alerta é a antecipação da circulação do influenza no Hemisfério Norte, onde a atividade começou antes do inverno e vem sendo impulsionada pelo H3N2. Desde agosto de 2025, a vigilância genômica global identificou crescimento acelerado de um subclado específico do vírus, o J.2.4.1, também chamado de subclado K, já detectado em dezenas de países.>
Até o momento, não há sinais de aumento significativo da gravidade clínica, como maior número de internações em unidades de terapia intensiva ou de óbitos. Ainda assim, a Opas lembra que temporadas dominadas pelo H3N2 costumam afetar de forma mais intensa a população idosa, o que justifica a adoção antecipada de medidas preventivas.>
O influenza passa por mudanças genéticas frequentes, processo conhecido como deriva genética. Entre os vírus que mais infectam humanos estão os subtipos H1N1 e H3N2, ambos responsáveis por epidemias anuais.>
O subclado K do H3N2 não representa o surgimento de um vírus totalmente novo, mas uma evolução genética que pode facilitar a transmissão. Até agora, essa variante não foi identificada de forma sustentada na América do Sul, mas a OMS considera provável que cepas em circulação no Hemisfério Norte cheguem a outras regiões nos próximos meses.>
Vacinação continua essencial>
A composição da vacina contra a gripe é atualizada anualmente com base em um sistema global de vigilância coordenado pela OMS. No Hemisfério Sul, a formulação é definida meses antes do inverno para permitir a produção e a distribuição das doses a tempo das campanhas.>
Dados preliminares indicam que, mesmo quando há diferenças genéticas entre os vírus circulantes e os incluídos na vacina, a imunização segue protegendo contra formas graves da doença. Estimativas iniciais apontam proteção de cerca de 70% a 75% contra hospitalizações em crianças e de 30% a 40% em adultos.>
Idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas e indivíduos imunocomprometidos concentram historicamente a maior parte das hospitalizações e mortes por influenza. Esses grupos respondem por cerca de 70% a 80% dos óbitos anuais, segundo a SBIm.>
Por isso, Opas e OMS reforçam que a vacinação dessas populações deve ser prioridade, assim como a vigilância contínua e o tratamento oportuno dos casos.>
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