Questão central do câncer é prevenir casos, diz ex-ministro Temporão-radardasaude

Joabe Antonio de Oliveira

26/10/2025

Logo Agência Brasil

O ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, levanta um importante debate sobre o câncer, chamando nossa atenção para a necessidade urgente de um enfoque que vá além do diagnóstico e tratamento. Para ele, o verdadeiro alicerce na luta contra essa doença deve ser a prevenção e a promoção da saúde. Com uma trajetória respeitável na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Nacional do Câncer, Temporão se destaca como um defensor da transformação do sistema de saúde no Brasil.

Em uma entrevista reveladora à Agência Brasil, ele abordou a gravidade do câncer, caracterizando-o não apenas como uma doença singular, mas como um conjunto de mais de cem tipos. Em mais de 600 municípios brasileiros, ele já é a principal causa de morte. As projeções da Organização Mundial da Saúde indicam que o câncer poderá ultrapassar as doenças cardiovasculares nas próximas décadas, com a previsão de 35 milhões de novos casos até 2050.

Os dados são alarmantes, especialmente em países em desenvolvimento, onde 70% das mortes por câncer ocorrem. Aqui, a desigualdade social se torna um dos maiores obstáculos. Muitas dessas nações permanecem sem soluções adequadas, tanto na prevenção quanto no tratamento. É um problema que exige respostas que transcendem a medicina, abrangendo um espectro social e econômico.

O câncer demanda um conjunto multifacetado de soluções que inclua políticas de saúde, educação e consciência social. Precisamos de uma abordagem que contemple não apenas a cura, mas a prevenção.

Temporão destaca que o foco deve ser a redução dos fatores de risco, como tabagismo, consumo de álcool, hábitos alimentares inadequados e poluição ambiental. Ele refuta a ideia de que a solução é simples, afirmando que esses desafios exigem um esforço conjunto, políticas intersetoriais e, principalmente, vontade política para enfrentar os lobbies que dificultam a implementação de medidas preventivas.

Embora o diagnóstico precoce seja fundamental, não se pode esquecer da necessidade de uma rede de atenção básica robusta, capaz de identificar sinais iniciais da doença. O Brasil, com sua vasta rede de atenção primária, enfrenta desafios de desigualdade em termos de acesso e qualidade dos serviços, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o tratamento especializado é escasso.

Além disso, o avanço das tecnologias biológicas, como a imunoterapia, traz esperança, mas ao mesmo tempo um desafio significativo. Essas inovações têm custos exorbitantes, muitas vezes inatingíveis para os sistemas de saúde dos países em desenvolvimento. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) procura equilibrar a balança, assegurando que apenas tratamentos custo-efetivos sejam incorporados ao sistema.

A implementação da lei que assegura o início do tratamento em até 60 dias após o diagnóstico também esbarra em dificuldades logísticas. É preciso romper a pulverização do sistema de saúde e criar regiões que reúnam municípios para otimizar recursos e melhorar o atendimento, garantindo que especialistas estejam disponíveis em todo o território.

Nesse contexto, as novas tecnologias de comunicação, como a telemedicina, surgem como aliadas poderosas. Elas podem melhorar a acessibilidade e eficiência do diagnóstico, mas o contato humano continua sendo essencial. A inteligência artificial, por sua vez, promete aumentar a precisão dos laudos, mas a supervisão humana ainda é necessária para assegurar a qualidade.

No entanto, o avanço das tecnologias também apresenta seus riscos, como a desinformação. Temporão identifica a necessidade urgente de uma estratégia de comunicação que enfrente a desinformação e promova diálogos claros e culturalmente apropriados com diferentes comunidades.

Como podemos então transformar essa realidade? Para começar, devemos adotar uma comunicação transparente sobre os fatores de risco associados ao câncer, enfatizando a importância de escolhas saudáveis e regulamentando adequadamente a publicidade de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas. É um desafio colossal, mas um que precisamos enfrentar para garantir um futuro com menos câncer e mais saúde.

O que você acha sobre as propostas de Temporão? A prevenção do câncer é uma prioridade que deve estar no centro das políticas de saúde? Compartilhe sua opinião nos comentários!


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