Atividade busca discutir uma agenda técnico-política voltada à saúde de populações negra, indígena, quilombola e ribeirinha, a partir de uma perspectiva participativa, intersetorial e interseccional.
Por Tatiane Vargas, no Informe Ensp
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) participa da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30 Amazônia) com a realização da Roda de Conversa ‘Racismo Ambiental e Saúde de populações vulnerabilizadas – por uma agenda prioritária e participativa de gestão’, no dia 12 de novembro, às 14h, realizada com o apoio da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A atividade é coordenada pela pesquisadora da ENSP Roberta Gondim, professora da Escola, membro da Comissão Permanente de Diversidade e Equidade da ENSP e representante da instituição no Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, e pelo professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação Antropologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Hilton Pereira.
De acordo com Roberta Gondim, o debate parte do reconhecimento de que o racismo ambiental produz impactos que agravam as condições de vida e saúde de populações já historicamente vulnerabilizadas.
“As dinâmicas territoriais, políticas, econômicas e sociais impactam diretamente nas condições de saúde dessas populações, resultando em uma ampla gama de doenças, desde as transmissíveis até as não transmissíveis, como as cardiorrespiratórias e a saúde mental. Esses efeitos recaem, sobretudo, sobre populações negra, quilombola, ribeirinha e indígena, além de povos de terreiro e outros grupos minorizados”, destaca a pesquisadora.
A proposta da roda de conversa é promover a discussão sobre a necessidade de inclusão de políticas e ações loco-regionais na agenda governamental, voltadas à relação entre racismo ambiental e saúde, em uma perspectiva participativa, intersetorial e interseccional.
“Nosso objetivo é proporcionar diálogos contextualmente situados e fomentar desdobramentos que possam contribuir para a construção de uma agenda de prioridades e compromissos concretos”, explica Roberta.
A atividade propõe reunir gestores públicos, profissionais de saúde e das políticas ambientais e sociais, além de representantes de movimentos sociais, em um espaço de troca, escuta e formulação coletiva.
A expectativa é poder pautar uma agenda técnico-política que contemple ações voltadas à saúde das populações mais impactadas pelo racismo ambiental, fortalecendo o papel da Fiocruz e da ENSP no enfrentamento das desigualdades e na promoção da justiça ambiental e social.
“A COP30, por ocorrer na Amazônia, representa um momento ímpar e estratégico para inserir esse debate nos fóruns multiatores presentes no evento. É uma oportunidade de reafirmar o compromisso do SUS e da Fiocruz com a equidade e com a saúde das populações historicamente vulnerabilizadas”, ressalta a pesquisadora.
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