Rede de Defensores de Direitos Humanos realiza imersão com lideranças comunitárias do Rio-radardasaude

Joabe Antonio de Oliveira

12/11/2025

Nathalia Mendonça, Cooperação Social da Fiocruz

Coordenado pela Cooperação Social da Fiocruz, o projeto Rede de Defensores de Direitos Humanos no Estado do Rio de Janeiro promoveu (26/10) um final de semana de imersão em Paty do Alferes (RJ) com encontro das lideranças comunitárias das três turmas de defensoras e defensores populares. Os coordenadores do projeto e representantes da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também participaram do evento.

“A gente há muito tempo estava querendo juntar as três turmas. A rede traz a ideia de que não é possível ser sociedade civil nem ter construção de sociedade sem rede. A gente não faz nada sozinho, nem sozinha, não é possível fazer isso”, afirma a psicóloga e coordenadora do projeto, Dejany Ferreira.

Imersão Coletiva

O primeiro dia da imersão começou com uma rodada de apresentações de todos os integrantes da rede que realizaram um breve diagnóstico dos territórios e do trabalho realizado com a população. Logo após a integração do grupo, a atual ouvidora geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Fabiana da Silva, realizou uma análise de conjuntura sobre os impactos causados pelas violações de direitos humanos.

“O objetivo é pensar, efetivamente, a partir dos impactos apresentados, como as lideranças territoriais podem pensar em soluções para os problemas enfrentados. A gente sabe que as soluções vêm desses territórios. A partir da análise de conjuntura, é possível diagnosticar como esses locais respondem às mudanças, principalmente olhando falta de investimento, os impactos ambientais e o cenário político do ano de 2026”, explicou Fabiana.

Após a dinâmica de grupo, a equipe do projeto apresentou e distribuiu a cartografia social e o relatório de atividades realizadas pelo projeto em 2025. Outra publicação lançada durante o encontro, foi a Cartilha Cuidar de quem cuida, um material que mapeia serviços de atenção psicossocial e fortalece redes de cuidado com defensores e defensoras de direitos humanos.

A programação do final de tarde no sítio foi composta por diferentes atividades culturais e de integração da rede como apresentações musicais e de Slam – poesia falada onde versos autorais são declamados. Além disso foram disponibilizadas para os defensores diversas práticas de terapias energéticas como Reiki, Cone Hindu e alinhamento.

No período da noite, a Rede DH se reuniu para uma celebração em roda diante de uma grande fogueira que foi conduzida por Luiz Carlos da Silva, Babalorisá Sangodolá e participante do projeto. O fogo, símbolo ancestral muito presente durante a formação da turma 3, tem como propósito fortalecer a conexão entre as pessoas e com o sagrado, promovendo saúde, proteção e prosperidade.

No segundo dia, após o café da manhã, as defensoras e defensores apresentaram um panorama sobre os trabalhos em rede que estavam sendo realizados antes do encontro. Também foram pensadas estratégias de aproximação e convergência de atuação dessas lideranças com o objetivo de promover um trabalho conjunto para incidência em políticas públicas e melhora dos diagnósticos locais.

Relatos dos defensores

Durante a imersão, as defensoras e defensores também compartilharam seus relatos sobre a experiência que tiveram no projeto. Pastor e integrante da terceira turma do projeto, Julio Oliveira atua no território de São Gonçalo (RJ) com ações de combate ao racismo religioso e ao fundamentalismo religioso. “A experiência na rede é de formação, de conhecimento e aproximação com gente que trabalha pela defesa de direitos. Poder conectar com pessoas que também estão no enfrentamento das violações é construir um espaço de acolhimento para nós que estamos diariamente nessa luta pela defesa da população dos territórios”, relatou Júlio. O pastor também articula a construção e consolidação de redes de apoio junto às religiões de matrizes africanas e população LGBTQIAPN+.

Integrante da segunda turma do projeto, Lyvia de Paula Leite atua no território de Magé (RJ) e faz parte da equipe do Instituto Mirindiba de Ação Climática Popular. Lyvia contou sobre a experiência de integrar a Rede DH. “É uma oportunidade não só de criar interconexões entre as pautas, mas também de potencializar esse debate a nível estadual, entendendo outros atravessamentos para criar soluções mais eficientes a largo prazo, para a gente conseguir seguir de forma saudável e produtiva dentro dos territórios”, afirmou Lyvia.

Ana Beatriz de Carvalho se tornou militante através da luta pela terra e por moradia. “Eu costumo dizer que é o nosso corpo e a nossa mente que estão na luta e o resultado, às vezes, é se sentir enfraquecido. A Rede DH permitiu um acolhimento muito significativo para os defensores e me fez perceber que não estamos sozinhos”, relatou Ana Beatriz, integrante da primeira turma de defensores e do assentamento Terra Prometida, localizado em Duque de Caxias (RJ).

Projeto    

O projeto visa à criação e ao desenvolvimento de uma rede autônoma de defensores de direitos humanos, ampliando e fortalecendo os movimentos já integrados por elas e eles, além da produção e publicização de um mapeamento das violações em saúde e direitos humanos. A seleção ocorre anualmente, por chamada pública, em ciclos com turmas de 20 lideranças comunitárias e defensores de direitos humanos com experiência de atuação em grupos, movimentos, organizações, coletivos ou instituições em territórios periféricos de áreas urbanas ou rurais do Rio de Janeiro.

Imagem: Final de semana de imersão em Paty do Alferes (RJ) com encontro das lideranças comunitárias das três turmas de defensoras e defensores populares (foto: Cooperação Social da Fiocruz)


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