O Acre está entre os seis estados brasileiros com tendência de crescimento de casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (23). Em Rio Branco, o aumento nas internações levou o município ao nível de alerta, com destaque para infecções por rinovírus em crianças e adolescentes — grupo mais afetado também em outras capitais do Norte.
O levantamento, referente à Semana Epidemiológica 42 (12 a 18 de outubro), mostra que Acre, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Tocantins registram crescimento sustentado de hospitalizações por SRAG nas últimas seis semanas. No caso do Acre, a Fiocruz aponta o rinovírus como o principal agente associado ao aumento dos casos, seguido por registros de influenza A e Covid-19.
Em Rio Branco, o cenário acompanha o padrão nacional observado entre menores de 14 anos, que concentram a maior parte das internações recentes. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e responsável pelo boletim, alerta para a importância da vacinação como principal forma de prevenção das formas graves das doenças respiratórias.
“Nessa nova edição, vemos uma estabilidade em parte do país, mas ainda com alta persistente entre crianças, especialmente em estados do Norte. A vacinação e o cuidado em ambientes escolares são fundamentais”, afirmou.
Os dados nacionais indicam 197.033 casos de SRAG notificados em 2025, sendo 103.885 (52,7%) positivos para algum vírus respiratório. Entre as infecções, 41,1% foram causadas por vírus sincicial respiratório (VSR), 27,8% por rinovírus, 23,3% por influenza A e 8,1% por Covid-19.
O boletim também registra 11.777 mortes por SRAG neste ano, das quais metade foi associada à influenza A. A Covid-19 respondeu por 23,2% dos óbitos, o rinovírus por 14,1% e o VSR por 11,7%.
Apesar do Acre ainda não registrar o mesmo volume de hospitalizações de grandes centros, a Fiocruz alerta para a necessidade de vigilância contínua. O cenário preocupa pela coincidência entre o aumento dos casos e o retorno das chuvas, período em que o sistema de saúde local costuma lidar com surtos simultâneos de doenças respiratórias e viroses sazonais.
Em Santa Catarina e São Paulo, o avanço da influenza A já atingiu nível de alerta, enquanto no Norte os casos seguem impulsionados por rinovírus e VSR. A Fiocruz reforça que as secretarias estaduais devem intensificar campanhas de imunização e monitoramento de escolas e creches — pontos críticos na disseminação dos vírus respiratórios.
“A mensagem é clara: mesmo com a Covid-19 sob controle, o risco respiratório no país segue alto e exige atenção redobrada, especialmente para grupos infantis e idosos”, concluiu Tatiana Portella.
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