A Tinea cruris, ou Tinea crural, é um tipo de micose que acontece principalmente na virilha e região pubiana, causando o aparecimento de placas vermelhas que coçam muito, podendo também provocar bolhas no local.
Essa micose, que é uma dermatofitose, acontece principalmente em pessoas que usam roupas muito quentes, não realizam a higiene corretamente e suam muito, sendo mais comum nos homens.
Assim, na presença de sinais e sintomas indicativos de Tinea cruris, deve-se consultar o dermatologista para que seja feito o diagnóstico correto e iniciado o tratamento, que envolve o uso de pomadas antifúngicas, cuidados pessoais e, em alguns casos, antifúngicos orais.
Sintomas de Tinea cruris
Os principais sintomas de Tinea cruris são:
- Placas vermelhas na virilha;
- Lesões com manchas vermelhas, roxas, cinzas, ou brancas;
- Lesões elevadas e escamosas;
- Coceira local;
- Sensação de queimação e picadas na região;
- Presença de bolhas nas lesões, em alguns casos.
A Tinea cruris também pode atingir a região pubiana, as nádegas, o períneo, a região perianal e a parte inferior do abdômen.
Além disso, a Tinea cruris também pode causar infecção secundária por bactéria ou por outros fungos.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo dermatologista e consiste na avaliação das lesões e do histórico de saúde da pessoa e hábitos.
Se deseja confirmar o risco de Tinea cruris, marque uma consulta com o dermatologista mais perto de você:
Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.
Para confirmar o diagnóstico, o médico também pode solicitar realização de alguns exames para descartar outros problemas de pele que possuem sintomas semelhantes, como psoríase inversa, dermatite seborreica e candidíase inguinal, por exemplo.
Assim, o médico pode indicar a biópsia da lesão, o teste com preparação de hidróxido de potássio (KOH) e o exame de cultura, em que é feita uma raspagem da lesão, que é enviada ao laboratório para identificar o fungo responsável pelos sintomas.
Possíveis causas
A Tinea cruris é causada principalmente pelos fungos Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes. No entanto, pode acontecer, menos frequentemente, pela proliferação de fungos dos gêneros Epidermophyton e Microsporum.
Esses fungos podem ser encontrados na pele e, devido a alguns fatores, podem proliferar e digerir a queratina presente na pele, levando ao surgimento dos sintomas.
Assim, alguns fatores que podem aumentar o risco de Tinea cruris são:
- Clima quente e úmido;
- Suor excessivo, ou hiperidrose;
- Uso de roupas muito quentes;
- Higiene inadequada;
- Diabetes mellitus;
- Obesidade;
- Má circulação;
- Uso de esteroides tópicos.
Além disso, sistema imunológico comprometido também está relacionado com o risco de Tinea cruris, pois essa condição favorece o desenvolvimento do fungo.
Tratamentos para Tinea cruris
Os tratamentos para Tinea cruris que podem ser indicados pelo médico são:
1. Medicamento para Tinea cruris
Os medicamentos para Tinea cruris que pode ser prescritos pelo médico são:
- Antifúngicos orais, como cloridrato de terbinafina e itraconazol, por uma a quatro semanas;
- Antibióticos orais, para pessoas com infecções bacterianas secundárias, frequentemente decorrentes da coceira.
O uso de medicamento oral para Tinea cruris é indicado apenas em casos mais extensos, crônicos, recorrentes, persistentes ou para pacientes imunocomprometidos.
2. Pomada para Tinea cruris
Em casos leves a moderados, o médico pode indicar o uso da pomada miconazol, clotrimazol, terbinafina, sulconazol, cetoconazol ou itraconazol.
A pomada deve ser aplicada na lesão duas vezes ao dia por 15 a 30 dias, de acordo com o quadro clínico e a extensão.
3. Autocuidados
Alguns autocuidados importantes durante o tratamento são:
- Manter a área da virilha limpa, seca e fresca;
- Secar bem a região após o banho e atividades físicas;
- Usar roupas íntimas e calças folgadas para permitir que a área respire;
- Optar por roupas de algodão ou materiais sintéticos que absorvam ou afastem a umidade;
- Evitar ficar com roupas úmidas por tempo prolongado;
- Lavar roupas, toalhas e roupas de cama em água quente após o uso;
- Não compartilhar toalhas ou roupas com outras pessoas;
- Aplicar pó de talco ou antifúngico na virilha após o banho, para absorver a umidade;
É importante também evitar coçar a área para não espalhar o fungo para outras partes do corpo. Essas medidas ajudam a tratar e evitar novas ocorrências da Tinea cruris.








