
As duas principais instituições de Ensino Superior público da Zona Sul do Estado, a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) colaboraram, nos últimos meses, para a elaboração de um documento de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Trata-se do Guia de Integridade da Informação no Contexto da Crise Climática no Rio Grande do Sul. Elaborado com a colaboração de mais de 50 instituições acadêmicas e da Organização das Nações Unidas (ONU), o documento analisa de que forma a desinformação circulou entre a população durante o período do evento climático.
A iniciativa de envolver as instituições na elaboração do documento surgiu da própria Fiocruz, que se apoiou nos grupos de comunicação já estabelecidos nas universidades.
— A gente envolveu alunos de graduação que fazem parte dessas pesquisas, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, que trabalham especificamente com isso. A nossa contribuição foi muito na área do que é desinformação, de como que a desinformação atua — comenta a jornalista e professora da UFPel, Raquel Recuero.
Ao todo, o trabalho envolveu 55 autores de diferentes áreas do conhecimento, entre comunicação, saúde, ciências sociais, gestão pública e ciência da informação, visando fornecer um conteúdo multidisciplinar para profissionais de diferentes áreas.
— De acordo com as orientações que recebemos sobre a confecção do Guia, o objetivo é de um produto capaz de antecipar e neutralizar boatos antes que ganhem força; padronizar fluxos de verificação, reduzindo o tempo entre a detecção do boato e sua refutação pública — comenta Tammie Faria, jornalista da Furg e uma das autoras do documento.
O documento destaca que a desinformação não é problema exclusivo de crises climáticas, mas de todas as crises. Durante eventos como enchentes no Rio Grande do Sul, a circulação de informações falsas pode gerar pânico e impedir que a população tome decisões rápidas e corretas.
— Esse tipo de informação concorre com outras mensagens recebidas por WhatsApp e outros canais, muitas vezes dizendo o contrário, como que não há risco ou que tudo é uma conspiração. Isso faz com que as pessoas não tomem medidas necessárias para se protegerem — afirma.
A pesquisa também evidencia a importância de canais oficiais de comunicação.
— O principal papel do guia é justamente servir de guia, ou seja, ajudar as pessoas, as autoridades e os atores que atuam nesse tipo de evento a se prepararem para problemas de comunicação, para a circulação de conteúdo e para os efeitos disso. — ressalta Raquel Recuero.
Ciex da Furg é destaque

O Centro Interinstitucional de Observação e Previsão de Eventos Extremos (CIEX) é um dos destaques do documento.
Inaugurado no início deste mês, o Ciex utiliza dados baseados no conceito da tecnologia Digital Twin, que cria um ambiente virtual que representa a Lagoa dos Patos e os municípios às suas margens para simular o impacto de eventos extremos de inundação, estiagem e ciclones.
O objetivo do monitoramento é criar um cenário de prevenção e resiliência para a região com base em conhecimento científico.
— Muitos países enfrentam crises climáticas há décadas e encontraram soluções, assim como no próprio Rio Grande do Sul instituições como a Furg desenvolveram soluções, que podem ser replicadas, não apenas no Estado, mas em qualquer localidade que precise enfrentar problema semelhante — enfatiza Tammie.
A publicação pode ser conferida na íntegra através do link.
Source link
Você pode se precisar disso:
Produtos Recomendados

Ômega 3 1000mg Rico em EPA DHA com Selo IFOS e Vitamina E – 60 cápsulas Vhita-radardasaude
Ver na Amazon* Links de afiliado. Podemos receber uma comissão por compras qualificadas.
Conteúdo Indicado



